quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Senti uma vertigem; RJ, 040701997; Publicado: BH, 01501202011.

Senti uma vertigem,
Na libertinagem com ela;
Estava com ferrugem nas juntas,
Um pajem velho e cansado;
E havia pago um pedágio,
Para entrar no casulo,
Do colégio dela,
Um litígio amoroso,
Marcado no relógio;
Refúgio no fundo do quarto,
Fiz uma reza de pajé,
A jiboia estava viva
E se escondeu no jirau da moça;
Tirei o traje,
O corpo era um ultraje;
E viajei na laje o quanto pude,
Sempre arranjei uma canja;
Moí canjica fora da sarjeta,
A loja dela coube meu lojista;
Sem sarja de censura,
Alojei-me naquele anjo;
Que sexo angélico,
Que gesto de majestade;
Que berinjela rígida,
E o projeto que tenho,
É não ficar longe,
É aplicar injeção,
De qualquer jeito,
Em qualquer ocasião;
Sei que sou um cafajeste,
Deus há de me perdoar;
Os aborígenes são assim,
Ligeiros e urgentes,
Comem até girafas na tigela.

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