Literatura e política. COLABORE, PIX: (31)988624141
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
STF Supremo Tribunal Federal; BH, 02801002012; Publicado: BH, 03001102012.
STF Supremo Tribunal Federal
Punir crimes é uma coisa fazer política
De modo tão parcial é outra o certo
É deixar a política restrita aos partidos
Políticos aos políticos um tribunal
Que concede dois Habeas Corpus a
Toque de caixa para um banqueiro
Velho conhecido da justiça Daniel
Dantas mais a Salvatore Cacciola
Ao médico monstro Roger Abdelmassih
Não sustenta moral nenhuma soa tudo
Falso no STF Supremo Tribunal Federal
Políticos do PT Partido do Trabalhadores
Cometeram crimes? há provas robustas?
Há evidências ou suposições ou ilações?
Porque as regras são mudadas? para uns
Partidos a brandura para outros a nefasta
Espetacularização? a PGR Procuradoria
Geral da República sempre complacente
Engavetadora agora estupradora?
Cassam a presunção de inocência abolem
In dubio pro reo recorrem ao domínio do
Fato numa parcialidade descarada a
Torcerem para que outros partidos tirem
Proveitos da Ação Penal 470? que as
Condenações influam nas eleições? é uma
Vergonha para mim STF PGR PIG
Partido da Imprensa Golpista são todos
Verdadeiros golpistas cidadão comum
Sou contra todo tipo de crime mas quero
Ver todos os direitos preservados total
Imparcialidade provas não as mudanças
De regras com o jogo em andamento
Não o teatro para a mídia promovido
Pelos ministros ministras se a mídia
Pode pressionar o STF a PGR penso
No mesmo direito de criticar idem
Justiça porém igualitária
Walt Whitman, Com minhas cornetas; BH, 03001102012.
Não toco hinos
Só para os vencedores consagrados,
Toco hinos também
Para as pessoas batidas e assassinadas.
Vocês já ouviram dizer
Que ganhar o dia é bom?
Pois eu digo que é bom também perder:
Batalhas são perdidas
Com o mesmo espírito
Com que são ganhas.
Eu rufo e bato o tambor pelos mortos
E sopro nas minhas embocaduras
O que de mais alto e mais jubiloso
Posso por eles.
Vivas àqueles que levaram a pior!
E àqueles cujos navios de guerra
Afundaram no mar!
E a todos os generais
Das estratégias perdidas,
Que foram todos heróis!
E ao sem-número dos heróis desconhecidos,
Equivalentes aos heróis maiores
Que se conhecem!
Só para os vencedores consagrados,
Toco hinos também
Para as pessoas batidas e assassinadas.
Vocês já ouviram dizer
Que ganhar o dia é bom?
Pois eu digo que é bom também perder:
Batalhas são perdidas
Com o mesmo espírito
Com que são ganhas.
Eu rufo e bato o tambor pelos mortos
E sopro nas minhas embocaduras
O que de mais alto e mais jubiloso
Posso por eles.
Vivas àqueles que levaram a pior!
E àqueles cujos navios de guerra
Afundaram no mar!
E a todos os generais
Das estratégias perdidas,
Que foram todos heróis!
E ao sem-número dos heróis desconhecidos,
Equivalentes aos heróis maiores
Que se conhecem!
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Depois que o calunista colonista do PIG; BH, 0301102012; Publicado,: BH, 02701102012.
Depois que o calunista colonista do PIG
Partido da Imprensa Golpista Merval
Pereira entrar para a ABL a Academia
Brasileira de Letras a ex-casa do Bruxo
Do Cosme Velho Machado de Assis tudo
De ruim é possível de acontecer ao país
Já que mais três nomes de peso do PIG do
Partido da Imprensa Golpista o atraso dos
Serventuários da Direita porta-vozes do
Caos profetas do quanto pior, melhor têm
Notoriedades suficientes superficiais para
Da mesma forma que Merval Pereira
Candidatarem-se à vaga dalguma cadeira
Reinaldo Azevedo da mesma linhagem o
Augusto Sancho Pança do PIG Nunes o
Ricardo Chucky Brinquedo Assassino
Noblat sem dúvidas tanto quanto rasteiros
Virulentos bebedores de bílis sorvedouros
De sucos gástricos deselegantes têm todas
As classificações do Merval Pereira para
Também concorrerem à uma posição a um
Fardão os padrinhos são os mesmos fortes
Cúmplices comparsas no PIG do lado
Feminino duas notórias se sobressaem
Dora Kramer Miriam Leitão as duas da
Mesma forma gabaritadas com esses arranjos
Desarranjos o prestígio da outrora Casa de
Machado atual amontoado de velhos velhas
Resquícios vestígios da ditadura sanguinária
Que o povo brasileiro desconhece dalgum
Serviço prestado à cultura às letras nacionais
O PIG o Partido da Imprensa Golpista; BH, 02101102012; Publicado: BH, 02701102012.
O PIG o Partido da Imprensa Golpista
Causa-me ojerizas com esse forte Afastamento
Do PIG Partido da Imprensa Golpista em direção
À Direita ao desserviço às calúnias a tendência do
PIG impresso é acabar-se com um time de baixo
Nível um linguajar chulo desrespeitador não há
Mais leitor do PIG impresso o que escrevem seus
Calunistas seus colonistas porta-vozes do caos
Profetas do quanto pior melhor corroboram
Rapidamente para o extermínio do PIG já
Não se sustentam nem se comentam as
Baboseiras do Arnaldo Jabor Elio Gaspari
Dora Kramer Miriam Leitão Reinaldo
Azevedo mas os piores os mais rasteiros são
Augusto Sancho Pança do PIG Nunes Ricardo
Chucky Brinquedo Assassino Noblat esses
Dois causam ascos engulhos a qualquer
Estômago com o estado terminal do PIG de
Papel higiênico a blogosfera ganha força com
Paulo Henrique Amorim Luiz Nassif José
Dirceu Altamiro Borges outros independentes aí
É ética com comportamento político com
Postura que não admite o baixo nível do PIG
De papel higiênico que servirá apenas aos vis
Demotucanos à desmoralização do governo
Da Presidenta Dilma Rousseff assassinato
Político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva nada mais que ninguém ler defunto
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Mano Menezes não ganha nada; BH, 02501102012; Publicado: BH, 02601102012.
Mano Menezes não ganha nada
Medíocre sem uma jogada ensaiada
Uma carta na manga tinha que ser
Demitido mesmo a COPA 2014 no
Brasil movimentará bilhões de reais
O país não poderá ser decepcionado
Igual foi em 1950 o próximo treinador
Terá que ter o perfil de vitorioso de
Usar tudo em direção ao gol treinar
Chutes de fora da área treinar muitas
Cobranças de faltas perfeitas cobranças
De escanteios resultados em gols
Olímpicos cobranças de laterais
Direcionadas ao gol adversário o
Tiro de meta como se fosse um passe
Do goleiro para um dos atacantes Mano
Menezes deixou a desejar perdeu muito
Tempo muitas oportunidades não
Apresentou futebol competitivo defesa
Sólida ataque determinado um
Conjunto afinado com o objetivo gol o
Nome para uma Seleção Brasileira que
Terá a Copa do Mundo em seu país
Terá que ser um nome dum técnico
Capaz de armar um time ofensivo com
A filosofia que a melhor defesa é o
Ataque embasado numa defesa que
Além de defender bem saiba armar o
Ataque aos jogadores convocados à
Tarefa de aprender a chutar pois a
Maioria chuta para todos os lados
Direções menos para dentro do gol
Que seria o ideal certo para a vitória
sábado, 24 de novembro de 2012
João Nogueira, de Casquinha da Portela, Maria Sambamba; BH, 02401102012.
As vezes eu quero brigar com ela
Só pra sair na Portela
Mas não encontro razão ( razão )
Porque, sendo um samba brasileiro
Ela sambando na Mangueira ou no Salgueiro
Está defendendo, o nosso pavilhão
Eu conheci Mariazinha
Em Caxias, no Cartolinha
Depois em Jacarepaguá, foi sambar na União
Por ser azul e branco
A cor que tanto lhe seduz
Diz findar a carreira
No Acadêmicos de Osvaldo Cruz
Em Caxias, no Cartolinha
Depois em Jacarepaguá, foi sambar na União
Por ser azul e branco
A cor que tanto lhe seduz
Diz findar a carreira
No Acadêmicos de Osvaldo Cruz
Maria Sambamba todos conhecem
Quando entra no samba agente padece
Com o seu jeito de bambolear
De gingar e sambar
Quando entra no samba agente padece
Com o seu jeito de bambolear
De gingar e sambar
Já me contaram que um falso folião, metido a bamba
Até um milhão gastaria
Pra conquistar sambambambamba
Até um milhão gastaria
Pra conquistar sambambambamba
João Nogueira, Clube do Samba; BH, 02401102012.
Melhor é viver cantando
As coisas do coração
É por isso que eu vivo no clube do samba
Com essa gente bamba eu me amarro de montão
É por isso que eu vivo no clube do samba
Com essa gente bamba eu me amarro de montão
As coisas do coração
É por isso que eu vivo no clube do samba
Com essa gente bamba eu me amarro de montão
É por isso que eu vivo no clube do samba
Com essa gente bamba eu me amarro de montão
Tem gente de Madureira, de Vila Isabel e do Méier também
O pessoal da Mangueira, Leblom, Ipanema e da Vila Vintém
Uma morena bacana de Copacabana me disse João
Eu passo toda semana com o Clube do Samba no meu coração
O pessoal da Mangueira, Leblom, Ipanema e da Vila Vintém
Uma morena bacana de Copacabana me disse João
Eu passo toda semana com o Clube do Samba no meu coração
A dona Ivone Lara me disse que a Clara está muito bem
E que o novo trabalho da Beth Carvalho não dá pra ninguém
Vejam vocês Alcione e Roberto Ribeiro enfrentaram uma fila
Foram comprar o ingresso para assistir ao show do Martinho da Vila
E que o novo trabalho da Beth Carvalho não dá pra ninguém
Vejam vocês Alcione e Roberto Ribeiro enfrentaram uma fila
Foram comprar o ingresso para assistir ao show do Martinho da Vila
Olha tia Clementina parece menina sempre a debutar
Vive cantando pagode e saracutiando pra lá e pra cá
Chico Buarque de Holanda tá tirando onda não quer trabalhar
Vive batendo uma bola e tocando viola de papo pro ar, mas sabe viver.
Vive cantando pagode e saracutiando pra lá e pra cá
Chico Buarque de Holanda tá tirando onda não quer trabalhar
Vive batendo uma bola e tocando viola de papo pro ar, mas sabe viver.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Mangueira, 1976, No reino da mãe do ouro; BH, 02001102012.
Caminhando pela mata virgem
Bravo bandeirante encontrou
Grupos de nativos comentavam
O que um trovão proporcionou
No céu sem as estrelas
Mais um raio de luz se dirigia
A gruta de uma alma encantada
Era mãe do ouro que surgia
Obaba-ola-o-baba
É a mãe do ouro que vem
Nos salvar
Bravo bandeirante encontrou
Grupos de nativos comentavam
O que um trovão proporcionou
No céu sem as estrelas
Mais um raio de luz se dirigia
A gruta de uma alma encantada
Era mãe do ouro que surgia
Obaba-ola-o-baba
É a mãe do ouro que vem
Nos salvar
Num palácio encantado
Onde um tesouro existia
Pedras preciosas bem guardadas
Que a mãe do ouro presidia
Homens e mulheres dominados
Por imaginações e alegria
Salões enfeitados
Em multicores
Dançavam até o romper do dia
Onde um tesouro existia
Pedras preciosas bem guardadas
Que a mãe do ouro presidia
Homens e mulheres dominados
Por imaginações e alegria
Salões enfeitados
Em multicores
Dançavam até o romper do dia
Obaba-ola-o-baba
É a mãe do ouro que vem
Nos salvar
É a mãe do ouro que vem
Nos salvar
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Álvaro de Campos/Fernando Pessoa, Ora até que enfim; BH, 01901102012.
Ora até que enfim..., perfeitamente...
Cá está ela!
Tenho a loucura exatamente na cabeça.
Meu coração estoirou como uma bomba de pataco,
E a minha cabeça teve o sobressalto pela espinha acima...
Graças a Deus que estou doido!
Que tudo quanto dei me voltou em lixo,
E, como cuspo atirado ao vento,
Me dispersou pela cara livre!
Que tudo quanto fui se me atou aos pés,
Como a sarapilheira para embrulhar coisa nenhuma!
Que tudo quanto pensei me faz cócegas na garganta
E me quer fazer vomitar sem eu ter comido nada!
Graças a Deus, porque como na bebedeira,
Isso é uma solução.
Arre, encontrei uma solução, e foi preciso o estômago!
Encontrei uma verdade, senti-a com os intestinos!
Poesia transcendental, já a fiz também!
Grandes raptos líricos, também já por cá passaram!
A organização de poemas relativos à vastidão de cada assunto resolvido em vários
Também isso é verdade.
Tenho vontade de vomitar, e de me vomitar a mim...
Tenho uma náusea que, se pudesse comer o universo para o despejar na pia, comia-o.
Com esforço, mas era para bom fim.
Ao menos era para um fim.
E assim como sou não tenho nem fim nem vida...
Cá está ela!
Tenho a loucura exatamente na cabeça.
Meu coração estoirou como uma bomba de pataco,
E a minha cabeça teve o sobressalto pela espinha acima...
Graças a Deus que estou doido!
Que tudo quanto dei me voltou em lixo,
E, como cuspo atirado ao vento,
Me dispersou pela cara livre!
Que tudo quanto fui se me atou aos pés,
Como a sarapilheira para embrulhar coisa nenhuma!
Que tudo quanto pensei me faz cócegas na garganta
E me quer fazer vomitar sem eu ter comido nada!
Graças a Deus, porque como na bebedeira,
Isso é uma solução.
Arre, encontrei uma solução, e foi preciso o estômago!
Encontrei uma verdade, senti-a com os intestinos!
Poesia transcendental, já a fiz também!
Grandes raptos líricos, também já por cá passaram!
A organização de poemas relativos à vastidão de cada assunto resolvido em vários
Também isso é verdade.
Tenho vontade de vomitar, e de me vomitar a mim...
Tenho uma náusea que, se pudesse comer o universo para o despejar na pia, comia-o.
Com esforço, mas era para bom fim.
Ao menos era para um fim.
E assim como sou não tenho nem fim nem vida...
domingo, 18 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Portal Vermelho, Confúcio; BH, 01701102012.
Confucio, em uma de suas viagens
Confúcio - O mestre e a senda: da virtude à política
Os Analectos, obra-chave do pensamento oriental ganha tradução inédita em português. Pela primeira vez os aforismos atribuídos a Confúcio são traduzidos diretamente do chinês arcaico para o português.
Por Henrique Kugler
“E o mestre disse: ‘não sabe o que é a vida, como saber o que é a morte?’". Leitores ocidentais nem sempre serão tocados pela simplicidade crua, talvez insólita, dos aforismos do Oriente distante. Por certo há um estranhamento, choque entre duas culturas. É razoável dizer que, para nós, brasileiros, a filosofia chinesa é um horizonte intelectual deveras longínquo.
Mas uma inédita tradução de Os Analectos, obra emblemática do pensamento chinês atribuída a Confúcio (551-479 a.C.), aproxima os leitores lusófonos dos modos de ser e pensar inerentes à tradição que floresceu do outro lado do mundo.
É a primeira edição, em português, traduzida diretamente do chinês arcaico. Os méritos do trabalho são do diplomata brasileiro Giorgio Sinedino, da Embaixada do Brasil em Beijing.
Foram sete anos de estudo e vivência na sociedade chinesa. Consultas minuciosas à vasta literatura especializada, orientação de acadêmicos reputados no tema, além do auxílio de ‘mestres’ – no sentido tradicional do termo –, permitiram a Sinedino elaborar uma obra de fôlego.
Aos curiosos pela sabedoria chinesa, o livro é ótima introdução aos preceitos seminais do Oriente. E, aos que se aventuram em interpretações mais refinadas, a obra resgata aforismos originais de Confúcio grafados em complexos e belíssimos ideogramas – fazendo da publicação da Editora Unesp, com suas 608 páginas, um material tanto de estudo quanto de contemplação.
Sobre esteiras de bambu e toalhas de seda
A obra contém 20 capítulos, divididos originalmente em dez rolos – à época, os livros chineses eram escritos em toalhas de seda ou esteiras de bambu. “O texto não possui uma unidade rígida, pois normalmente não é essa a forma como as obras antigas na China eram pensadas”, explica o tradutor. Os chineses o leem aleatoriamente – são aforismos. Ao mesmo tempo em que revelam uma simplicidade absolutamente sintética, podem sugerir interpretações quase impenetráveis.
“O mestre disse: ‘A virtude não é solitária, sempre há de ter vizinhos’”. “O mestre disse: ‘Cada um dos erros que as pessoas cometem pertence a um gênero. Ao observar os erros [das pessoas] é possível saber o que é a Humanidade’”. “O mestre disse: ‘Se me emprestassem mais alguns anos e eu pudesse estudar as Mutações até meus últimos dias, eu poderia [deixar de cometer] grandes erros’”. Esses são alguns exemplos aleatórios que o leitor encontrará ao folhear o livro.
Confúcio, pelo artista
Wu Tao Tzu, da dinastia T'ang
Wu Tao Tzu, da dinastia T'ang
Confúcio é personagem central na cultura chinesa, qualificado como pensador, estadista e educador. Os Analectos refletem, justamente, essas três dimensões ao transmitir preceitos de filosofia, política e educação. Todas elas são alinhadas à ideia de um Dao, isto é, uma senda ou caminho. Segundo o filósofo Zhu Xi (1130-1200), um dos principais comentadores do confucianismo, Os Analectos serviriam para a preparação do indivíduo no caminho para se tornar um sábio e governar a sociedade.
"Num plano mais profundo, Os Analectos nos permitem conhecer e entender a mentalidade chinesa”, comenta Sinedino. “Nessa obra vemos por que são tão caras aos chineses questões como tradição, valores familiares, autoridade, hierarquia, respeito ao estudo e apego aos símbolos de poder”, diz.
O legado de Confúcio, segundo os estudiosos, fundamentou a vida política do povo chinês por 2.500 anos. Atualmente, embora Os Analectos ainda sejam lidos e decorados pelos chineses, a influência mais profunda do texto está na forma como a sociedade chinesa se organiza, e mesmo nas instituições políticas, “de maneira que é impossível compreender a China sem um conhecimento sólido do que está nesta obra”.
Filosofia e intuição
A China teve um desenvolvimento intelectual afastado de influências ocidentais até o século 17. “O pensamento chinês não parece ser orientado pela razão (o logos, tão caro aos gregos), mas sim por uma forma peculiar de reflexão que alia intelecto e sentimento, o que poderíamos chamar de insight”, explica Sinedino.
Ele diz que, muitas vezes, a leitura não é voltada a um entendimento sistemático do que se lê. Na verdade, ela visa o despertar da intuição individual, algo muito peculiar à cultura chinesa. “Não existia a expectativa de que o pensador chinês defendesse discursivamente suas ideias, apresentando razões dialeticamente”, escreve o diplomata. Exatamente por isso, o filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) criticou Os Analectos por sua “simplicidade” e “falta de profundidade”.
“De fato, veremos que a maior parte das passagens é crua e direta, frequentemente parecendo ser pouco mais que um truísmo”, aponta Sinedino. “A crítica de Hegel desvela diferenças significativas que existem entre o pensamento ocidental e o chinês.”
Escritos arcanos e o périplo das traduções
A nova tradução de Os Analectos foi lançada no Brasil com apoio do Instituto Confúcio. É verdade que já existiam duas outras versões em português, mas uma muito aparentada a versões francesas e a outra feita a partir de edições em inglês. Além disso, ambas se limitaram a traduzir os aforismos, ignorando os comentários interpretativos, fundamentais para o entendimento da obra.
Aliás, é exatamente essa omissão – a ausência dos comentários – que compromete a maior parte das traduções de Os Analectos para línguas ocidentais. Disso resulta “a sensação de superficialidade para uns leitores, e a simples incapacidade de se entender o texto, para outros”, diz Sinedino. “A tradição de comentários chega a ser tão importante, hermeneuticamente, quanto o texto clássico.” Na verdade, explica o tradutor na introdução, “o pensamento chinês pode ser entendido como uma tradição de comentaristas”.
Em tempo: se você acha que encontrará um texto difícil e hermético, não se preocupe. Sinedino garante que “a tradução é voltada ao leitor em geral, sem conhecimento aprofundado da língua e cultura chinesas”. De fato, a leitura não só é aprazível, como também fluida e assaz enriquecedora.
LivroOs analectos. Confúcio. Giorgio Sinedino (tradutor e coordenador). São Paulo, 2012, Editora Unesp
Fonte: Ciência Hoje
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Ufano-me não abro mão das fendas; BH, 01601102012; Publicado: BH, 01601102012.
Ufano-me não abro mão das fendas
Abertas das águas que inda singram nos
Rostos das naus a História bela História
Deusa imortal dos homens conta-me as
Batalhas navais conta-me as viagens
Marítimas os amores marinheiros as guerras
Que não acabavam mais meus homens
Destemidos que tornaram os Continentes
Pequenos que limitaram a linha do
Horizonte meus homens de olhares agudos
Que avistavam de longe as bandeiras amigas
As inimigas às armas às armas alerta,
Piratas de vento em popa preparar para
Atracar canhões mosquetões sabres espadas
Cordas pranchas lutas bebamos o sangue ruim
Rum aos vitoriosos o sangue arterial quente
Bebamo-lo todo a escorrer pelo céu
Sedento da boca bela História de homens
Continentais ufano-me não abro mão
A História é minha meus heróis domadores
De monstros titãs piratas carniceiros bucaneiros
Oiço os gritos das imprecauções das dores dos
Dentes arrancados à bruta ouço o grito das
Dores dos membros amputados meus
Guerreiros de naves voadoras às velas
Infladas o vento poderoso faz leve a
Embarcação de toneladas muitas vezes
Todo o casco sai à flor d'água que
Quer flutuar História à vista louvemos
Com altos louvores é a História Sagrada
Da nossa Civilização avante avante sempre
Empresarial Nicolau Jeha, 19; BH, 01601002012; Publicado: BH, 01601102012.
FHC vulgo Fernando Henrique Cardoso
Carrega o honorável título de pior presidente
Da República Federativa do Brasil por mais
Que o PIG o Partido da Imprensa Golpista
Seus colonistas seus calunistas porta-vozes
Profetas do caos tentam negar não há jeito
Esse título é do FHC vulgo Fernando Henrique
Cardoso ninguém pode negá-lo conseguiu a
Façanha de ser pior que Collor Fernando
Afonso Collor de Mello José Sarney juntos
Cínico desrespeitoso omisso corrupto
Entreguista aquela foto com FHC na frente de
Bill Clinton com as duas mãos nos ombros de
FHC FHC com a língua de fora, igual a um
Cachorrinho vira-lata é duma submissão
Demonstra toda a pequenez de FHC vulgo
Fernando Henrique Cardoso não há na recente
História da República Federativa do Brasil
Ser mais abjeto entre os demotucanos ganha de
Disparada está na mesma linhagem de José
Serra Aécio Neves ACM Neto Arthur
Virgílio Agripino Maia Sérgio Guerra
Roberto Freire um serpentário onde fica-se
Sem saber qual a pior serpente mas FHC vulgo
Fernando Henrique Cardoso deve ganhar em
Rejeição infelizmente FHC resta o PIG o
Partido da Imprensa Golpista ninho da mídia
Corrupta nacional que sustenta é sustentada
Por esse serpentário lesa-pátria inimigo
Do povo trabalhador brasileiro
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Em Cima da Hora 1976 - Os Sertões; BH, 01201102012.
O Nordeste do meu Brasil
Oh! Solitário sertão
De sofrimento e solidão
A terra é seca
Mal se pode cultivar
Morrem as plantas e foge o ar
A vida e triste nesse lugar
Sertanejo é forte
Supera miséria sem fim
Sertanejo homem forte
Dizia o poeta assim
Foi no século passado
No interior da Bahia
O Homem revoltado com a sorte
Do mundo em que vivia
Ocultou-se no Sertão
Espalhando a rebeldia
Se revoltando contra a lei
Que a sociedade oferecia
Os Jagunços lutaram
Até o final
Defendendo Canudos
Naquela guerra fatal
Patagônia, 1155, 1; BH, 01901202011; Publicado: BH, 01201102012.
Aninhei meu muso nenúfar em meu colo no
Meu regaço nibelungo sem os anéis de
Saturno dormiu de boca semiaberta a
Arfar levemente ao reverberar o zumbido
Do sono elfo das profundezas Cérbero dos
Subterrâneos mereço tal riqueza? meu
Fauno ajeita-se em mim a bela cabeça
Em meu peito dorme toda formatura
São de ossos desenhados nos mármores mais
Bem classificados por Michelangelo a pele
É de puro marfim não durmo para não acordar
Minha pedra rara não sonho para não ter o
Pesadelo de não vê-lo aqui a envolver-me
Possessivo adivinho suas intenções quando
Não murmura ou sussurra regato riacho a
Descer uma serra sem pressa quando não
Meu girino sacode-se tenho que realizar
Desejos ânsias não posso mover-me
Passivo rememoro nas lembranças
Recordações nas memórias os motivos que
Não me levaram a consagrá-lo aos deuses
Conhecidos desconhecidos com fiéis sem
Fiéis aos deuses nus aos vestidos fiz
Orações rezas oblações fiz beberagens
Reverências confidências mas o meu único
Reverendo continua perdido em seu ninho a
Chocar-me como se quisesse gerar filhotes
Arrulha como um arroio que passeia pelos
Bosques fecho-lhe a boca mas não devo é
Por ali que vive respira, é por ele que
Vivo ou vegeto não sei bem o que sei quem
Sabe tudo é ele que não sabe nada um ser
Abstrato uma poesia concreta uma chuva
Oblíqua uma nau mas infeliz que se for
Para o mar não volta se não voltar para
Mim nunca será no mar manhã
domingo, 11 de novembro de 2012
Patagônia, 927, 29; BH, 0801202011; Publicado: BH, 01101102012.
Conta para mim quantas ondas
De mares de oceanos já bateram
Nas praias do universo desde que
O universo é universo de cada
Onda dessa com nome sobre nome
Especificação é que surgem
As poesias do meu coração
Cada espuma quebrada na areia
Branca de cada duna formada
Pela areia fina cada tempestade
De areia empoderada que
Move os desertos de lugar conta
Para mim quantos são os grãos
Que formam esses desertos que
Perambulam pelo universo desde
Que o universo é universo pasmei
Sorumbático meditabundo pasmado
A meditar por um segundo para não
Perder a reflexão com o comboio do
Meu coração olhei para o centro da
Palma de minha mão o olho do
Furacão descobri o quanto estou
Distante de mim por me faltar essa
Informação essencial à minha
Sobrevivência a saliência deste
Poema a libido desta ode milenar
Com raízes infinitas quem me olha
Com esse olhar cintilante ali detrás
Daquele monte murundu? é o boi
Da cara preta? é o João corta pau
Ou Maria faz angu ou Pedro vai
À feira comprar o caruru caruru
Está ensoado de tanto apanhar
Taca nesse menino malino que
Já dorme já minha infância quer
Voltar a dormir sonhar não tem mais
Medo de careta não precisa mais
Apanhar dorme nos braços deste
Sublime poema feito menina moça
Nos braços do namorado
sábado, 10 de novembro de 2012
Mocidade, Bye, bye Brasil beijim. beijim; BH 01001102012.
Encanta a Mocidade assim
E canta Mocidade
A constituinte Independente
Dividiu a nação naufragada
Em sete "brasiléias" encantadas
O progresso despontou
E o cruzeiro se valorizou
E hoje nem saudades
Daquele Brasil que ficou (que ficou)
E hoje nem saudades
Daquele Brasil devedor
Tchau cruzado, inflação
Violência, marajás, corrupção
Adeus à dengue, hiena, leão
A era nuclear
Usina, rio, mar
Itapuã, Iracema
Iguarias de Itamaracá
E bate-bate de maracujá
Paulo Afonso, Juazeiro
Padre Cícero, Petrolina que reluz
Pedras preciosas, mulatas, gol "gay"
Vinho enlatado e o gado revoltado
O chimarrão, como exportei
O ouro de serra pelada
O PI como gritava, rock outra vez
Divinamente, o salvador surgiu
Dando um toque diferente:
Alô, bye, bye Brasil
Bye bye Brasil, beijim, beijim, beijim
Encanta a Mocidade assim
Mangueira, Jobim Tom, 1992; BH, 01001102012.
É carnaval, é a doce ilusão, é promessa de vida no meu coração
É carnaval, é a doce ilusão, é promessa de vida no meu coração
Mangueira vai deixar saudade quando o carnaval chegar ao fim
Quero me perder na fantasia que invade os poemas de Jobim
Amanheceu, o Rio canta de alegria
Aconteceu a mais linda sinfonia
O sol já despontou na serra, molhando o seu corpo sedutor
O mar beija a garota de Ipanema, a musa de um sonhador
O mar beija a garota de Ipanema, a musa de um sonhador
É carnaval ... (Mas vem ... )
Vem, vem amar a liberdade, vem cantar e sorrir, ter um mundo melhor
Vem, meu coração está em festa, eu sou a Mangueira em Tom maior
Salve o samba de terreiro, salve o Rio de Janeiro, seus recantos naturais
Se todos fossem iguais a você, que maravilha seria viver
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Império Serrano, 1976, A Lenda das Sereias; BH, 0801102012.
Que vem do horizonte
É o berço das sereias
Lendário e fascinante
Olha o canto da sereia
Ialaô, Oquê, Ialoá
Em noite de lua cheia
Ouço a sereia cantar
E o luar sorrindo
Então se encanta
Com a doce melodia
Os madrigais vão despertar
Ela mora no mar
Ela brinca na areia
No balanço das ondas
A paz ela semeia
Toda corte engalanada
Transformando o mar em flor
Vê o Império enamorado
Chegar à morada do amor
Oguntê, Marabô
Caialá e Sobá
Oloxum, Inaê
Janaína e Iemanjá
São Rainhas do mar
Mangueira 1988 - Cem anos de liberdade, realidade e ilusão; BH, 0801102012.
Dm Gm C7 F
O negro samba negro joga capoeira
Dm Gm C7 F
Ele é o rei, na verde e Rosa da Mangueira
Dm Gm C7 F
O negro samba negro joga capoeira
Dm Gm C7 F C7
Ele é o rei, na verde e Rosa da Mangueira, será?
F
Será que já raiou a liberdade
Dm Gm
Ou se foi tudo ilusão
Gm7 Gm
Será, que a lei Áurea tão sonhada
C7
Há tanto tempo assinada
F
Não foi o fim da escravidão
Cm Ebm D7 Cm Ebm D7
Hoje dentro da realidade, onde está a liberdade
Cm D7 Gm D7
Onde está que ninguém viu
Gm C7 F
Moço não se esqueça que o negro
F7 Dm Gm C7 F D7
Também construiu, as riquezas do nosso Brasil
Gm C7 F
Moço não se esqueça que o negro
F7 Dm Gm C7 F C7
Também construiu, as riquezas do nosso Brasil, pergunte
F Gm C7 F
Pergunte ao Criador,pergunte ao criador quem pintou estaaquarela
Dm Gm
Livre do açoite da senzala
C7 F C7
Preso na miséria da favela,
F Gm C7 F
Pergunte ao Criador,pergunte ao criador quem pintou estaaquarela
Dm Gm
Livre do açoite da senzala
C7 F C7
Preso na miséria da favela, sonhei
F Gm
Sonhei....que Zumbi dos Palmares voltou
C7
A tristeza do negro acabou
F Dm
Foi uma nova redenção
Gm C7
Senhor, ai senhor
F
Eis a luta do bem contra o mal
Dm Gm
Que tanto sangue derramou
C7 F D7
Contra o preconceito racial
Gm C7
Senhor, ai senhor
F
Eis a luta do bem contra o mal
Dm Gm
Que tanto sangue derramou
C7 F D7
Contra o preconceito racial
Gm C7 F
O negro samba negro joga capoeira
Dm Gm C7 F
Mocidade 1992 - Sonhar Não Custa Nada! Ou Quase Nada; BH, 0801102012.
Sonhar não custa nada
O meu sonho é tão real
Mergulhei nessa magia
Era tudo que eu queria
Para esse carnaval
Deixe a sua mente vagar
Não custa nada sonhar
Viajar nos braços do infinito
Onde tudo é mais bonito
Nesse mundo de ilusão
Transformar o sonho em realidade
E sonhar com a mocidade
É sonhar com o pé no chão
Estrela de luz
Que me conduz
Estrela que me faz sonhar
Amor, sonhe com os anjos (não se paga)
Não se paga pra sonhar
Eu sou a noite mais bela
Que encanta o teu sonho
Te alucina por te amar (amar, amar)
Vem nas estrelas do Céu
Vem na lua de mel
Vem me querer
Delírio sensual
Arco-íris de prazer
Amor, eu vou te anoitecer
Eu vejo a lua no céu
A mocidade a sorrir
De verde-e-branco na sapuca
Mergulhei nessa magia
Era tudo que eu queria
Para esse carnaval
Deixe a sua mente vagar
Não custa nada sonhar
Viajar nos braços do infinito
Onde tudo é mais bonito
Nesse mundo de ilusão
Transformar o sonho em realidade
E sonhar com a mocidade
É sonhar com o pé no chão
Estrela de luz
Que me conduz
Estrela que me faz sonhar
Amor, sonhe com os anjos (não se paga)
Não se paga pra sonhar
Eu sou a noite mais bela
Que encanta o teu sonho
Te alucina por te amar (amar, amar)
Vem nas estrelas do Céu
Vem na lua de mel
Vem me querer
Delírio sensual
Arco-íris de prazer
Amor, eu vou te anoitecer
Eu vejo a lua no céu
A mocidade a sorrir
De verde-e-branco na sapuca
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Patagônia, 927, 28; BH, 0801202011; Publicado: BH, 0201102012.
Sem agonia amigo disse-me uma
Voz vinda das paredes dos mais
Nobres paredões das montanhas de
Mármore de Carrara fechei os olhos
Tentei identificar pelo timbre
Do ciciar do sussurro misturado
Com o ar quedei petrificado
Outra mais parecida a um assobio
De pássaro sem angústia amigo
Quem são essas vozes murmurantes?
Lá no fundo ouço como se alguém
Estivesse a aprender a falar pela
Primeira vez sem ânsia amigo
Pronto agora não descubro mesmo
Inda mais com todas essas sombras
A cobrir os espaços de léguas de
Léguas de noites sem pânico
Amigo aqui onde estás é o
Subterrâneo dos que querem galgar
Os abismos ouvir um arfar de
Respiração como se alguém pela
Primeira vez aprendesse a arfar
A respirar assustei-me em silêncio
De choques intergalácticos de
Vendavais de tempestades solares
Uma leve névoa então esquivou-se
Numa frincha imperceptível à
Luz despendida das estrelas errantes
Sem medo amigo todos somos teus
Preferidos poetas a ditar a ti
As poesias esquecidas nos marfins
Somos todas almas poetisas de profetisas
Sagradas com nossos poemas imortais
Olhei para atrás lá vinha o dia a
Galopar trigais os campos de milharais
Não acordei nunca mais