quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Acabou Presidenta Dilma Vana Rousseff; BH, 0260802016; Publicado: BH, 0310802016.

Acabou Presidenta Dilma Vana Rousseff nada mais
Salva Vossa Excelência do golpe mórbido desferido
Pela plutocracia em conluio com a cleptocracia o fedor
Da burguesia o viralatismo da elite erro maior acreditar
Na honestidade na legalidade na legitimidade na justiça
Acreditar no republicanismo na constitucionalidade
Venceram os que plantaram na mídia medieval bovina
Os que publicaram no PIG Partido da Imprensa Golpista
Reverberaram nas televisões mentiras contra o teu 
Governo mas muitos artigos textos ensaios vídeos
Crônicas imortalizaram na blogosfera progressista
Legaram à posteridade os teus feitos servirão de
Exemplos à eternidade de como a tua personalidade
Combateu a corrupção lutou contra os corruptores
Foi condenada pelos corrompidos corruptos com
Todo o bombardeio covarde sem direito à defesa
Abandonada pelos partidos com a justiça abominável do
Lado dos golpistas sem o apoio do povo trabalhador
Brasileiro não havia como resistir por mais forte que
Sejas a ponto de sobreviveres às torturas duma
Ditadura militar cruel não demonstres fraquezas nem
Lágrimas diante dessas hienas predadoras elas passarão
Não servem para nada terão de herança o lixo da
História vão destruir nossas conquistas sociais entregar
Nossas riquezas matar nossa cidadania estuprar nossa
Soberania mas a impressão que fica é a de que
Merecemos por não lutarmos combativamente para
Impedir esse destino incongruente mesmo afastada
Presidenta Dilma Vana Rousseff terás todos os louros
As glórias dos vencedores não a vergonha onde
Escondem-se os derrotados sem escrúpulos bem-vinda
Ao panteão dos grandes ao baluarte dos fortes ao
Altar dos imortais à história dos heróis da pátria

Matita Perê Tom Jobim


No jardim das rosas 
De sonho e medo 
Pelos canteiros de espinhos e flores 
Lá, quero ver você 
Olerê, Olará, você me pegar


Madrugada fria de estranho sonho
Acordou João, cachorro latia
João abriu a porta
O sonho existia
Que João fugisse
Que João partisse
Que João sumisse do mundo
De nem Deus achar, Ierê
Manhã noiteira de força viagem
Leva em dianteira um dia de vantagem
Folha de palmeira apaga a passagem
O chão, na palma da mão, o chão, o chão
E manhã redonda de pedras altas
Cruzou fronteira de servidão
Olerê, quero ver
Olerê
E por maus caminhos de toda sorte
Buscando a vida, encontrando a morte
Pela meia rosa do quadrante Norte
João, João
Um tal de Chico chamado Antônio
Num cavalo baio que era um burro velho
Que na barra fria já cruzado o rio
Lá vinha Matias cujo o nome é Pedro
Aliás Horácio, vulgo Simão
Lá um chamado Tião
Chamado João
Recebendo aviso entortou caminho
De Nor-Nordeste pra Norte-Norte
Na meia vida de adiadas mortes
Um estranho chamado João
No clarão das águas
No deserto negro
A perder mais nada
Corajoso medo
Lá quero ver você
Por sete caminhos de setenta sortes
Setecentas vidas e sete mil mortes
Esse um, João, João
E deu dia claro
E deu noite escura
E deu meia-noite no coração
Olerê, quero ver
Olerê
Passa sete serras
Passa cana brava
No brejo das almas
Tudo terminava
No caminho velho onde a lama trava
Lá no todo-fim-é-bom
Se acabou João
No Jardim das rosas
De sonho e medo
No clarão das águas
No deserto negro
Lá, quero ver você
Lerê, lará
Você me pegar

Pelo fim da hipocrisia de apagado senador; BH, 0270802016; Publicado: BH, 0300802016.

Pelo fim da hipocrisia de apagado senador
Escrachado no mundo intelectual inteiro
Cristovam Buarque pelo fim da falsidade
Rancorosa do canalha Aécio Neves pelo fim
Da demagogia sem fim do pedalador
Antônio Anastazia pelo fim do despeito da
Ex-ser petista Marta Suplicy que agora é
Só Marta não precisará mais manchar o
Nome do íntegro ser petista Eduardo
Suplicy pelo fim da estupidez arrogante
Do ruralista Ronaldo Caiado pelo fim do
Falso cristão Magno Malta propineiro de
Primeira mão pelo fim do entreguista
Vira-lata delatado José Serra seus dossiês
Fajutos fabricados no submundo pelo fim
Da parcialidade da Polícia Federal que
Persegue caninamente Luiz Inácio Lula da
Silva esquece bovinamente o vendilhão
Da pátria FHC vulgo Fernando Henrique
Cardoso pelo fim do PIG Partido da
Imprensa Golpista com o povo a invadir as
Suas dependências a colocar tudo abaixo
Pelo fim do judiciário paquidérmico dirigido
Corporativo caro sem efeito de benefício
Colateral ao povo trabalhador brasileiro
Pelo fim do governo interino da ratazana 
michel temer seu ministério de meia tigela
Seus ministros corruptos pelo fim da
Camarilha dos deputados corrompidos do
Senado corruptor pelo fim da corrupção
Pelo fim da plutocracia pelo fim da burguesia
Pelo fim da elite pelo fim da cleptocracia
Pelo povo trabalhador brasileiro pelo pleno
Emprego pela democracia pela restabelecida
Constitucionalidade pelo republicanismo pela
Soberania pela cidadania pelo estado de
Direito social pelas conquistas da nação nos
Últimos anos pelos votos de cinquenta
Quatro milhões de cidadãos que elegeram
Legitimamente a Presidenta Dilma Vana
Rousseff, que permaneça em seu cargo de
Direito nem que seja pela diferença dum
Único voto nesse processo golpista denunciado
Abominado pelo povo trabalhador brasileiro

Quem vai primeiro não interessa à morte; BH, 0280302016; Publicado: BH, 0300802016.

Quem vai primeiro não interessa à morte
Quando passa o cerou não olha o pescoço todo
Morto morre duas vezes morre uma vez quando
Nasce morre outra vez quando morre morto
Só vou ao enterro de quem for no meu morto
Deixo que os mortos enterrem os seus próprios
Mortos não choro a morte dum morto
Quanto mais a morte dum vivo e nestas
Reminiscências de morto avalio quem vale mais
O vivo ou o morto penso que o morto vale
Mais do que o vivo o vivo não vale uma vida
Não vale um centavo furado nem um favo
De mel curado o morto vale uma eternidade
Uma posteridade uma imortalidade o morto
Vale uma lembrança uma memória uma
Recordação toda uma herança tida das
Tranças da trama universal o vivo?
Quem acredita no vivo? todo vivo inveja
Um morto quer ser um morto na intimidade
Quais são os nomes dos vivos os nomes
Dos mortos? os nomes dos vivos são mortos
Os nomes dos mortos são vivos os vivos
Partem-se em mil pedaços os mortos se
Partem-se em um único átomo causam o
Caos o vivo não é nada não presta para nada
O morto é matéria de obra-prima de obra de
Arte é poesia é poema o vivo é elegia é
Póstumo fúnebre é féretro funesto é esquife
É tudo que é morte o morto é eterno é vida
Perpétua é o que não acaba mais o vivo é
Desprezado desperta orgulho soberba
Ambição é desprezível a morte não quer o
Vivo a morte quer o morto para a morte o
Vivo é morto o morto é vivo quantos anos
Resta-nos de vida? se tivemos toda uma vida
Para sermos vivos não fomos agora que estamos mortos
Perto da morte é que não seremos vivos nunca

domingo, 28 de agosto de 2016

Palavras da Presidenta Dilma Vana Rousseff no senado: BH, 0280802016; Publicado: BH, 0280802016.

Palavras da Presidenta Dilma Vana Rousseff no senado
Senador Aécio Neves o senhor desviastes milhões da
Saúde de Minas Gerais verbas públicas para contas de
Tua família tens contas secretas no exterior construístes
Aeroporto de treze milhões em terras de teus parentes
Fostes citado dezenas de vezes em delações premiadas
Como receptador de propinas pedalastes junto como o
Teu sucessor no governo do estado que governaram
Relator nessa farsa fostes parado bêbado em blitz
Com carteira de habilitação vencida fostes considerado o
Pior senador desta casa sem apresentar um único
Projeto apresentas notas frias de tuas despesas para
Ser reembolsado pela casa fostes derrotado por mim nas
Últimas eleições presidenciais por vingança não
Aceitar a derrota ser um mau perdedor avacalhastes o
Processo político protegestes um outro senador desta
Casa cujo helicóptero foi apreendido com 450 kg de
Pasta de cocaína pura se fosse ficar aqui a citar
Teus maus feitos senador citaria citaria jamais
Chegaria ao fim o senador com todo o direito que
Tens votarás contra mim, mas isso não diminuirá as
Tuas sujeiras senador as tuas borradas barrelas
Durante toda a tua vida de prevaricador pária
Protegido pela justiça parasita do erário público
Como o senhor temos muitos outros aqui que
Emporcalham esta casa fazem com que mais se
Pareça a um chiqueiro temos aqui os servos do
Propinoduto o entreguista José Serra o anão
Agripino Maia o falso cristão Magno Malta o
Sócio do Cachoeira Ronaldo Caiado o Renan
Calheiros seus bois voadores o Cunha Lima a
Chuva de dinheiro a Marta Suplicy que abraçou os
Corruptos Cristovam Buarque que endossou os
Corruptores o corpo do baixio do baixo clero
Que justifica os corrompidos espero ser lapidada
Pelos que não cometeram crimes ou os que
Cometeram menos crimes do que se houverem aqui
Atirem a primeira pedra não posso ser lapidada por
Corruptos corruptores corrompidos ou pelos que
Deveriam ser julgados condenados no meu lugar

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Como nuvens negras que cobrem o céu a camarilha; BH, 0220802016; Publicado: BH, 0220802016.

Como nuvens negras que cobrem o céu a camarilha
Dos deputados fechou o espaço para dar um sujo
Golpe de estado no Brasil como um negro véu os
Safados do senado federal endossaram os detratores
Empanaram a democracia social desceu sobre o
País a vergonha perante o mundo que não vê o
Audaz povo trabalhador brasileiro lutar pelo
Restabelecimento da constitucionalidade a prece
Que se ouve é a duma nação temerosa na
Iminência de perder a cidadania de perder a
Soberania de perder a liberdade da suprema corte
Outrora suprema representada pelo STF Supremo
Tribunal Federal veio a garantia jurídica aos corruptos
Corrompidos corruptores para o ato ilegal o
Abrigo debaixo das togas capas pretas que antes
Só serviam para abafar os peidos fétidos das vossas
Excrescências na artimanha de acabarem com o
Torrão nacional entraram PGR Procuradoria
Geral da República PF Polícia Federal passamos
A chamar República Federativa do Brasil Golpista
Acabou-se a Pátria Educadora acabou-se o amor à
Pátria qual o golpista terá a coragem de cantar o
Hino Nacional o Hino da República o Hino da
Bandeira o Hino da Independência? que respeito
Os golpistas quererão dos livres pensadores? que
Referências serão aos pensadores livres se estarão
Amarrados às correntes da ilegalidade? nunca serão
Reconhecidos como estadistas líderes populares ou
Representantes legais do povo trabalhador brasileiro
Passarão à História do Brasil como malditos golpistas escrotos
Nada mais do que reles amaldiçoados escrotos golpistas

domingo, 21 de agosto de 2016

A cada dia que passa escassa a vida fica; BH, 0200802016; Publicado: BH, 0210802016.

A cada dia que passa escassa a vida fica
A cada dia que passa o que é o que
Existe é só a morte aos olhos mortos das
Palavras mortas dos mortos cada palavra
Morta é formada por letras mortas a
Palavra dita já nasce morta depois que
Foi dita todo que dita uma palavra é um
Morto as estrelas mais estrelas os sóis
Mais sóis as luas mais luas os homens mais
Homens morrem ou dormem ou fingem-se
De vivos de acordados têm pesadelos
Terríveis cantam que sonham sofrem
Dizem que o sonho acabou quando nunca
Sonharam não reagem à infelicidade
Visitam igrejas prostram joelhos postam
Mãos em orações os ossos são jogados
Nos lixões não são mais aqueles ossos
Sacros raros de caveiras fossilizadas de
Esqueletos lavrados pela lua ressequidos
Pelo sol da carne nem se fala mais da
Carne num mundo sobrenatural vegano de
Fantasmas zumbis ectoplasmas eletrônicos
Da voz nem se fala mais da voz a voz é
Morta como a carne é morta a voz não
Ecoa como o som nos sombrios o som
Também é sombra ondas nas pedreiras
Anda nas pradarias voa nas falésias margeia
Os paredões das cordas vocais fizeram
Forcas para enforcar com sufoco uma voz
Que dizia-se poética só vagava de vaga em
Vaga a transpor vagalhões a ressuscitar
Poesias poemas mórbidos a impedir o
Féretro fatal da antologia valeu-se alguém
Duma alavanca outro duma pedra mais
Um dum átomo moveram o universo de
Lugar a morte insistia em ficar lá a fazer a
Cada dia que passa a vida ficar mais escassa

Raduan Nassar: Cegueira e linchamento


O inglês Robert Fisk, em artigo no jornal londrino "The Independent", afirma que, segundo as duras conclusões do relatório Chilcot sobre a invasão do Iraque, o ex-primeiro ministro Tony Blair e seu comparsa George W. Bush deveriam ser julgados por crimes de guerra, a exemplo de Nuremberg, que se ocupou dos remanescentes nazistas.
 
O poodle Blair se deslocava a Washington para conspirar com seu colega norte-americano a tomada do Iraque, a pretexto de este país ser detentor de armas de destruição em massa, comprovado depois como mentira, mas invasão levada a cabo com a morte de meio milhão de iraquianos.
 
Antes, durante o mesmo governo Bush, o brutal regime de sanções causou a morte de 1,7 milhão de civis iraquianos, metade crianças, segundo dados da ONU.
 
Ao consulado que representava um criminoso de guerra, Bush, o então deputado federal Michel Temer (como de resto nomes expressivos do tucanato) fornecia informações sobre o cenário político brasileiro. "Premonitório", Temer acenava com um candidato de seu partido à Presidência, segundo o site WikiLeaks, de Julian Assange.
 
Não estranhar que o interino Temer, seu cortejo de rabo preso e sabujos afins andem de braços dados com os tucanos, que estariam governando de fato o Brasil ou, uns e outros, fundindo-se em um só corpo, até que o tucanato desfeche contra Temer um novo golpe e nade de braçada com seu projeto de poder -atrelar-se ao neoliberalismo, apesar do atual diagnóstico: segundo publicação da BBC, levantamento da ONG britânica Oxfam, levado ao Fórum Econômico Mundial de Davos, em janeiro, a riqueza acumulada pelo 1% dos mais ricos do mundo equivale aos recursos dos 99% restantes. Segundo o estudo, a tendência de concentração da riqueza vem aumentando desde 2009.
 
O senador Aloysio Nunes foi às pressas a Washington no dia seguinte à votação do impeachment de Dilma Rousseff na exótica Câmara dos Deputados, como primeiro arranque para entregar o país ao neoliberalismo norte-americano.
 
Foi secundado por seu comparsa tucano, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, também interino-itinerante que, num giro mais amplo, articula "flexibilizar" Mercosul, Brics, Unasul e sabe-se lá mais o quê.
 
Além de comprometer a soberania brasileira, Serra atira ao lixo o protagonismo que o país tinha conseguido no plano internacional com a diplomacia ativa e altiva do chanceler Celso Amorim, retomando uma política exterior de vira-lata (que me perdoem os cães dessa espécie; reconheço que, na escala animal, estão acima de certos similares humanos).
 
A propósito, o tucano, com imenso bico devorador, é ave predadora, atacando filhotes indefesos em seus ninhos. Estamos bem providos em nossa fauna: tucano, vira-lata, gato angorá e ratazanas a dar com pau...
 
Episódio exemplar do mencionado protagonismo alcançado pelo Brasil aconteceu em Berlim (2009), quando, em tribunas lado a lado, a então poderosa Angela Merkel, depois de criticar duramente o programa nuclear do Irã, recebeu a resposta de Lula: os detentores de armas nucleares, ao não desativá-las, não têm autoridade moral para impor condições àquele país. Lula silenciou literalmente a chanceler alemã.
 
Vale também lembrar o pronunciamento de Lula de quase uma hora em Hamburgo (2009), em linguagem precisa, quando, interrompido várias vezes por aplausos de empresários alemães e brasileiros, foi ovacionado no final.
 
Que se passe à Lava Jato e a seus méritos, embora supostos, por se conduzirem em mão única, quando não na contramão, o que beira a obsessão. Espera-se que o juiz Serio Moro venha a se ocupar também de certos políticos "limpinhos e cheirosos", apesar da mão grande do inefável ministro do STF Gilmar Mendes.
 
Por sinal, seu discípulo, o senador Antonio Anastasia, reproduz a mão prestidigitadora do mestre: culpa Dilma e esconde suas exorbitantes pedaladas, quando governador de Minas Gerais.
 
Traços do perfil de Moro foram esboçados por Luiz Moniz Bandeira, professor universitário, cientista político e historiador, vivendo há anos na Alemanha. Em entrevista ao jornal argentino "Página/12", revela: Moro esteve em duas ocasiões nos EUA, recebendo treinamento. Em uma delas, participou de cursos no Departamento de Estado; em outra, na Universidade Harvard.
 
Segundo o WikiLeaks, juízes (incluindo Moro), promotores e policiais federais receberam formação em 2009, promovida pela embaixada norte-americana no Rio.
 
Em 8 de maio, Janio de Freitas, com seu habitual rigor crítico, afirmou nesta Folha que "Lula virou denunciado nas vésperas de uma votação decisiva para o impeachment. Assim como os grampos telefônicos, ilegais, foram divulgados por Moro quando Lula, se ministro, com sua experiência e talento incomum de negociador, talvez destorcesse a crise política e desse um arranjo administrativo".
 
Lula não assumiu a Casa Civil, foi rechaçado no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Gilmar Mendes, um goleirão sem rival na seleção e, no álbum, figurinha assim carimbada por um de seus pares, Joaquim Barbosa, popstar da época e hoje estrela cadente: "Vossa Excelência não está na rua, está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro... Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar".
 
Sugiro a eventuais leitores, mas não aos facciosos que, nos aeroportos, torciam o nariz ao ver gente simples que embarcava calçando sandálias Havaianas, que acessem o site Instituto Lula - o Brasil da Mudança.
 
Poderão dar conta de espantosas e incontestes realizações. Limito-me a destacar o programa Luz para Todos, que tirou mais de 15 milhões de brasileiros da escuridão, sobretudo nos casebres do sertão nordestino e da região amazônica. E sugiro o amparo do adágio popular: pior cego é aquele que não quer ver.
 
A não esquecer: Lula abriu as portas do Planalto aos catadores de matérias recicláveis, profissionalizando-os, sancionou a Lei Maria da Penha, fundamental à proteção das mulheres, e o Estatuto da Igualdade Racial, que tem como objetivo políticas públicas que promovam igualdade de oportunidades e combate à discriminação.
 
Que o PT tenha cometido erros, alguns até graves (quem não os comete?), mas menos que Fernando Henrique Cardoso, que recorria ao "Engavetador Geral da República", à privataria e a muitos outros expedientes, como a aventada compra de votos para sua reeleição.
 
A corrupção, uma enfermidade mundial, decorre no Brasil do sistema político, atingindo a quase totalidade dos partidos. Contudo, Lula propiciou, como nunca antes, o desempenho livre dos órgãos de investigação, como Ministério Público e Polícia Federal, ao contrário do que faziam governos anteriores que controlavam essas instituições.
 
A registrar ainda, por importante: as gestões petistas nunca falaram em "flexibilizar" a CLT, a Previdência, a escola pública, o SUS, as estatais, o pré-sal inclusive e sabe-se lá mais o quê, propostas engatilhadas pelos interinos (algumas levianamente já disparadas), a causar prejuízo incalculável ao Brasil e aos trabalhadores.
 
Sem vínculo com qualquer partido político, assisto com tristeza a todo o artificioso esquema de linchamento a que Lula vem sendo exposto, depois de ter conduzido o mais amplo processo de inclusão social que o Brasil conheceu em toda a sua história.
 
RADUAN NASSAR, 80, é autor dos livros "Lavoura Arcaica" (1975), "Um Copo de Cólera" (1978) e "Menina a Caminho e Outros Textos" (1997). Recebeu neste ano o Prêmio Camões, principal troféu literário da língua portuguesa
 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Eterno Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,Presidenta Dilma Vana Rousseff; BH, 01290802016; Publicado: BH, 0190802016.

Eterno Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Presidenta
Dilma Vana Rousseff há quem foi traído negado
Inocente julgado foi condenado no meio do povo
Trabalhador brasileiro há os traidores os negadores
Os que pedem as condenações dos justos à burguesia
À plutocracia à elite à cleptocracia cabem o julgamento
A manipulação a falsidade a mentira o assassinato de
Reputações ilibadas controlam com mãos de ferro o
Estado o legislativo o judiciário com isso protegem-se
Protegem seus membros como num corporativismo
De corrompidos numa confraria de bandidos ou
Numa quadrilha de delinquentes lançam as polícias
Contra os trabalhadores os desempregados estudantes
Para exterminar os pobres miseráveis das periferias
Propagam o ódio aos negros aos homossexuais aos
Índios às mulheres aos direitos humanos são o pior
Tipo de classe média que já formou-se na nossa
Sociedade: justificam a direita fascista o nazismo a
Escravidão a limpeza étnica mandam às favas os
Escrúpulos obtusos obscuros apesar das peles
Claras dos cabelos loiros dos olhos azuis falam as
Maiores absurdidades obscenidades depravações
Sem enrubescerem-se infelizmente muitos de nós
Pobre povo trabalhador brasileiro sem explicações
Votamos nesses facínoras que locupletam-se das
Nossas riquezas nossos direitos nossos suores
Nossos sangues muitos de nós povinho servimos de
Capachos para esses capatazes entregamos as
Cabeças de nossos líderes em bandejas como a
Cabeça de João Batista foi entregue servilmente à
Salomé; não nos envergonhamos por não lutarmos
Pelos que nos defenderam nos piores momentos
Da nossa história não nos envergonhamos por
Darmos ouvidos aos que nos massacram Marco
Antonio Villa Antonio Anastazia Michel Temer
José Serra Geraldo Alckmin Merval Pereira Aécio
Neves demais golpistas usurpadores entreguistas
Profetas do caos do quanto pior melhor tais os
Seguidores de FHC vulgo Fernando Henrique Cardoso

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Llewellyn Medina, Tua não infância.

Tua não infância

                Por que buscar na lembrança  de criança
                 infância que não tiveste
                a que tiveste não foi tua
                não foram teus aqueles pés descalços
                descarnados vestidos  dessas tuas ímpias ilusões
                aquelas ruas sem nome nunca existiram
                embora teimes em chamar de “minha rua”
                ruas em que tuas pegadas apagadas não eram tuas
                ruas nuas pegadas sem pés lembranças cruas
                somente existes naquilo de que não te lembras

                não insistas em repetir monocordiamente
                aquela foi a casa chuva ecoava cava
                antigo telhado abafava
                molhava pensamentos que dizes pensavas
               
               buscas ainda agora o elo que se perdeu
              elo não havia engano teu
            não eram teus os sons
chuva parecia ilusão ecoar
escoar nas paredes sem reboco
piso oco calçadas descalças
quanto vazia tua imaginação
vazavam pensamentos  se perdiam
amizades que proclamavas “são minhas  e as mais caras”


aquelas andorinhas que dizes
no meio do ano surgiam
tocavam notas nos fios fantasiados
pauta musical música não ouvias
como ousas dizer que as guarda
música ataviada não eram andorinhas
não havia canto cantoria
nada havia perda melancolia

e dizes buscavas minhocas na terra macia
a chuva esmaecia
espetavas malvada inocentemente tanajuras
asas batiam
não eram lembranças
estas  não tinhas
nem sonho poderia ser fossem
não sonhavas então
sequer sabes se existias.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

MENSAGEM DA PRESIDENTA DA REPÚBLICA DILMA ROUSSEFF AO SENADO FEDERAL E AO POVO BRASILEIRO:

Brasília, 16 de agosto de 2016
Dirijo-me à população brasileira e às Senhoras Senadoras e aos Senhores
Senadores para manifestar mais uma vez meu compromisso com a democracia e com as
medidas necessárias à superação do impasse político que tantos prejuízos já causou ao
País.
Meu retorno à Presidência, por decisão do Senado Federal, significará a
afirmação do Estado Democrático de Direito e poderá contribuir decisivamente para o
surgimento de uma nova e promissora realidade política.
Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do
impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento,
de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram
cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com
humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho.
Precisamos fortalecer a democracia em nosso País e, para isto, será
necessário que o Senado encerre o processo de impeachment em curso, reconhecendo,
diante das provas irrefutáveis, que não houve crime de responsabilidade. Que eu sou
inocente.
No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a
desconfiança política para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de
responsabilidade. E está claro que não houve tal crime.
Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de
Estado e de governo pelo "conjunto da obra". Quem afasta o Presidente pelo "conjunto da
obra" é o povo e, só o povo, nas eleições.
Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de
responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de
eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio
eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta.
Ao invés disso, entendo que a solução para as crises política e econômica
que enfrentamos passa pelo voto popular em eleições diretas. A democracia é o único
caminho para a construção de um Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a
Justiça Social. É o único caminho para sairmos da crise.
Por isso, a importância de assumirmos um claro compromisso com o
Plebiscito e pela Reforma Política.
Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema
político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas
questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes.
Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação
de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada
de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral.
Devemos concentrar esforços para que seja realizada uma ampla e
profunda reforma política, estabelecendo um novo quadro institucional que supere a
fragmentação dos partidos, moralize o financiamento das campanhas eleitorais, fortaleça
a fidelidade partidária e dê mais poder aos eleitores.
A restauração plena da democracia requer que a população decida qual é o
melhor caminho para ampliar a governabilidade e aperfeiçoar o sistema político eleitoral
brasileiro.
Devemos construir, para tanto, um amplo Pacto Nacional, baseado em
eleições livres e diretas, que envolva todos os cidadãos e cidadãs brasileiros. Um Pacto
que fortaleça os valores do Estado Democrático de Direito, a soberania nacional, o
desenvolvimento econômico e as conquistas sociais.
Esse Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça
Social permitirá a pacificação do País. O desarmamento dos espíritos e o arrefecimento
das paixões devem sobrepor-se a todo e qualquer sentimento de desunião.
A transição para esse novo momento democrático exige que seja aberto um
amplo diálogo entre todas as forças vivas da Nação Brasileira com a clara consciência de
que o que nos une é o Brasil.
Diálogo com o Congresso Nacional, para que, conjunta e responsavelmente,
busquemos as melhores soluções para os problemas enfrentados pelo País.
Diálogo com a sociedade e os movimentos sociais, para que as demandas
de nossa população sejam plenamente respondidas por políticas consistentes e eficazes.
As forças produtivas, empresários e trabalhadores, devem participar de forma ativa na
construção de propostas para a retomada do crescimento e para a elevação da
competitividade de nossa economia.
Reafirmo meu compromisso com o respeito integral à Constituição Cidadã
de 1988, com destaque aos direitos e garantias individuais e coletivos que nela estão
estabelecidos. Nosso lema persistirá sendo "nenhum direito a menos".
As políticas sociais que transformaram a vida de nossa população,
assegurando oportunidades para todas as pessoas e valorizando a igualdade e a
diversidade deverão ser mantidas e renovadas. A riqueza e a força de nossa cultura
devem ser valorizadas como elemento fundador de nossa nacionalidade.
Gerar mais e melhores empregos, fortalecer a saúde pública, ampliar o
acesso e elevar a qualidade da educação, assegurar o direito à moradia e expandir a
mobilidade urbana são investimentos prioritários para o Brasil.
Todas as variáveis da economia e os instrumentos da política precisam ser
canalizados para o País voltar a crescer e gerar empregos.
Isso é necessário porque, desde o início do meu segundo mandato,
medidas, ações e reformas necessárias para o País enfrentar a grave crise econômica
foram bloqueadas e as chamadas pautas-bomba foram impostas, sob a lógica
irresponsável do "quanto pior, melhor".
Houve um esforço obsessivo para desgastar o governo, pouco importando
os resultados danosos impostos à população. Podemos superar esse momento e, juntos,
buscar o crescimento econômico e a estabilidade, o fortalecimento da soberania nacional
e a defesa do pré-sal e de nossas riquezas naturais e minerárias.
É fundamental a continuidade da luta contra a corrupção. Este é um
compromisso inegociável. Não aceitaremos qualquer pacto em favor da impunidade
daqueles que, comprovadamente, e após o exercício pleno do contraditório e da ampla
defesa, tenham praticado ilícitos ou atos de improbidade.
Povo brasileiro, Senadoras e Senadores,
O Brasil vive um dos mais dramáticos momentos de sua história. Um
momento que requer coragem e clareza de propósitos de todos nós. Um momento que
não tolera omissões, enganos, ou falta de compromisso com o País.
Não devemos permitir que uma eventual ruptura da ordem democrática
baseada no impeachment sem crime de responsabilidade fragilize nossa democracia,
com o sacrifício dos direitos assegurados na Constituição de 1988. Unamos nossas forças
e propósitos na defesa da democracia, o lado certo da História.
Tenho orgulho de ser a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Tenho
orgulho de dizer que, nestes anos, exerci meu mandato de forma digna e honesta. Honrei
os votos que recebi. Em nome desses votos e em nome de todo o povo do meu País, vou
lutar com todos os instrumentos legais de que disponho para assegurar a democracia no
Brasil.
A essa altura todos sabem que não cometi crime de responsabilidade, que
não há razão legal para esse processo de impeachment, pois não há crime. Os atos que
pratiquei foram atos legais, atos necessários, atos de governo. Atos idênticos foram
executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles, e
também não é crime agora.
Jamais se encontrará na minha vida registro de desonestidade, covardia ou
traição. Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho
contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para
meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém.
Esse processo de impeachment é frágil, juridicamente inconsistente, um
processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente. O que peço às
senadoras e aos senadores é que não se faça a injustiça de me condenar por um crime
que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente.
A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere
e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça.
Minha esperança existe porque é também a esperança democrática do povo
brasileiro, que me elegeu duas vezes Presidenta. Quem deve decidir o futuro do País é o
nosso povo.
A democracia há de vencer
Dilma Rousseff

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

APELO À COMUNIDADE INTERNACIONAL À ONU À OEA; BH, 0110802016: Publicado: BH, 0110802016.

Apelo à Comunidade Internacional à ONU à OEA
Aos Direitos Humanos não reconheçais o governo golpista do
Ex-informante da CIA entreguista traidor da Presidenta
Dilma Vana Rousseff o usurpador michel temer
Mancomunado com a mídia brasileira na figura do PIG
Partido da Imprensa Golpista com uma justiça
Desprovida de membros ilibados que alcovitada a
Políticos bandidos deram um sujo golpe de estado no
Meu país denunciai aos quatro cantos do mundo em
Nome dos cinquenta e quatro milhões de votos da
Presidenta Dilma Vana Rousseff o fim da democracia
Na República Federativa do Brasil o fim do nosso
Estado Social duramente conseguido com a luta do
Povo trabalhador brasileiro denunciai as perseguições
Ao ex-presidente Lula Luiz Inácio Lula da Silva
Família por um juiz de Primeira Instância procuradores
Partidários promotores uma PF Polícia Federal
Parcial comprometida com os promovedores do sujo
Golpe de estado desprezai esse governo usurpador
Composto de propineiros achacadores protetores de
Corruptos misóginos racistas a nação brasileira que
Não aceita o golpe não tem voz no Brasil não tem a
Quem recorrer o nosso STF Supremo Tribunal
Federal é um dos embasadores do maldito golpe
Acabou-se então a justiça acabou-se o legislativo
Num único mar de lama o executivo virou um
Covil de delatados por antigos comparsas a
Esperança para barrar essas violações que nos
Envergonham é a Comunidade Internacional supra
Citada não reconhecer os golpistas denunciá-los
Boicotá-los pedir o retorno à legitimidade com a
Volta da Presidenta Dilma Vana Rousseff ao
Comando da nação à presidência do país à
Liderança dos que a elegeram democraticamente

Carta aberta ao jornal O Estado de S.Paulo:

por Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira
Em editorial veiculado nesta data (10/08/2016), intitulado “O que resta a Lula”, o jornal “O Estado de S.Paulo” promove um reprovável ataque à defesa do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentando mascarar o antagonismo político do diário em relação a Lula com questões técnico-jurídicas.
O mote da publicação foi a crítica feita pela defesa de Lula em relação à iniciativa do Delegado Federal Marcio Adriano Anselmo de envolver familiares do ex-Presidente em um inquérito policial destinado a apurar a propriedade de um sítio em Atibaia (SP). No último dia 08/08, Anselmo decidiu convocar a esposa e um dos filhos de Lula para serem ouvidos no âmbito policial e, além disso, determinou — sem ordem judicial — uma nova devassa na vida dos filhos do ex-Presidente. 
A crítica da defesa é plenamente justificável do ponto de vista jurídico. Se a investigação busca saber quem é o proprietário de um bem imóvel, a resposta terá que ser encontrada, necessariamente, no Cartório de Registro de Imóveis onde está situada a propriedade. E, especificamente, no caso desse sítio de Atibaia, a matrícula do imóvel revela, de forma inequívoca, que os proprietários são Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Não bastasse, no dia 14/03/2016 — ou seja, há aproximadamente 05 (cinco) meses — a Força Tarefa Lava Jato recebeu de Fernando Bittar cópia da declaração de Imposto de Renda de seu pai, Jacó Bittar, “comprovando que os valores utilizados para a aquisição do sítio tiveram origem exclusiva e lícita da família Bittar”. Na mesma oportunidade Fernando Bittar apresentou cópia de documentos relativos aos gastos que efetuou com reformas na propriedade e, ainda, de sua frequência no local.
 
Merece registro, ainda, que o ex-Presidente Lula já prestou depoimentos tanto à Polícia Federal, como ao Ministério Público Federal, reafirmando que nem ele, nem seus familiares, são proprietários do mencionado sítio.
 
Diante desses fatos, não pode haver qualquer dúvida de que o sítio pertence a Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Por essa razão é que se afirmou que a determinação da oitiva de familiares de Lula pode ser entendida como uma retaliação às providências adotadas pela defesa contra os abusos cometidos pela Lava Jato em relação ao ex-Presidente.
 
Em relação à devassa na vida pessoal dos filhos de Lula, a situação é ainda mais grave. Qual a relação dessa medida com o objeto das investigações —a propriedade do sítio de Atibaia (SP)? Nenhuma. Outrossim, Luis Cláudio Lula da Silva já teve seus sigilos bancário e fiscal já foram quebrados no âmbito de outra Operação, a Zelotes, e nenhuma ilegalidade foi identificada.
 
Dessa forma, aquilo que o jornal classificou como “chicanas do exercício de causídicos”, nada mais é do que um posicionamento com base técnica de advogados que honram o mandato que lhes foi outorgado e prezam pelas garantias asseguradas ao seu constituinte tanto pela Constituição Federal, como pelos Tratados Internacionais que o País se obrigou a cumprir.
 
A propósito, o comunicado feito ao Comitê de Direitos Humanos da ONU no dia 28/07/2016 nada tem de “patético”, ao contrário do que também afirma, sem qualquer base técnica, o jornal. Primeiro, porque está baseado em um Protocolo Facultativo da ONU que o Brasil aderiu em 2009, especificamente para aceitar que o citado órgão pudesse analisar violações ao Pacto de Direitos Civis e Políticos que havia sido ratificado pelo País em 1992. Segundo, porque no comunicado foram listados diversos fatos concretos que demonstram que agentes do Estado Brasileiro violaram — e continuam a violar — de forma flagrante, as disposições desse Tratado no âmbito da Operação Lava Jato em relação a Lula e seus familiares. E mesmo após o caso ter passado pelo Supremo Tribunal Federal não houve cessação dessas violações — revelando inexistir um remédio eficaz no plano nacional para essa finalidade. Terceiro, porque o Brasil não pode viver aquilo que alguns juristas, como André de Carvalho Ramos, chamam de “truque de ilusionismo”, segundo o qual aderem às disposições de tratados internacionais sobre direitos humanos mas se recusam a seguir a interpretação dada a esses documentos pelos órgãos internacionais.
 
O jornal parte da superada tese de que um processo internacional de direitos humanos tem por objetivo “achincalhar a Justiça brasileira” — a mesma usada pelo Brasil durante a ditadura para não subscrever Tratados Internacionais sobre a matéria e, ainda, para ignorar os relatórios e as recomendações que eram dirigidas ao País pelos órgãos internacionais apontando graves violações aos direitos humanos. A tendência atual, no entanto, é o diálogo entre os Tribunais Nacionais e os órgãos internacionais encarregados de analisar violações aos direitos humanos. 
 
Por isso mesmo, Greoffrey Robertson, um dos maiores especialistas no âmbito mundial na defesa dos direitos humanos e que também subscreve conosco o comunicado feito à ONU, afirmou, corretamente, em entrevista à Folha de S.Paulo (06/08/2016) que “Qualquer país se beneficia quando suas leis e procedimentos estão sujeitos ao escrutínio internacional para que atendam aos padrões internacionais de direitos humanos”.
 
Tivesse o jornal consultado seus arquivos, teria identificado reportagem publicada em suas páginas em 13/11/2014, intitulada “Delegados da Lava Jato exaltam Aécio e atacam PT na rede”, com referências específicas ao comportamento do Delegado Federal Marcio Adriano Anselmo em relação ao ex-Presidente Lula. Ora, diante desse fato — registrado pelo insuspeito jornal — mais do que nunca a defesa deve ficar atenta a qualquer ato que permita identificar perseguição ou retaliação a Lula ou aos seus familiares.
 
Lula, pessoalmente, e por meio de seus advogados, já prestou e prestará todos os esclarecimentos que lhe forem solicitados pelas autoridades brasileiras. Mas, como qualquer cidadão, exige o respeito às suas garantias fundamentais e ao devido processo legal.
 
São Paulo, 10 de agosto de 2016
 
Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Viver estupidamente ignorantemente bizarramente; BH, 050802016; Publicado: BH, 090802016.

Viver estupidamente ignorantemente bizarramente
Bisonhamente morbidamente morrer que graça
Há? viver indiferentemente inutilmente esterilmente
Solitariamente anonimamente morrer que razão
Há? viver selvagemente violentamente aceleradamente
Nervosamente angustiosamente morrer que valor
Há? viver obscuramente obtusamente ocultamente
Tenebrosamente terrivelmente morrer que luz há?
Viver erradamente duvidosamente falsamente
Inadvertidamente mentirosamente morrer que
Certeza há? viver perigosamente furtivamente
Inconstitucionalissimamente antidemocraticamente
Injustamente morrer que segurança há? viver
Imoderadamente gulosamente ansiosamente
Depressivamente dolentemente morrer que cura há?
Viver tristemente tristonhamente chorosamente
Lamentavelmente morrer que alegria há? que
Consolo há? viver insossamente inodoramente
Insipidamente destemperadamente frivolamente
Morrer que sabor há? viver irracionalment
Aculturadamente desmemoriadamente apagadamente
Nocivamente morrer que felicidade há? viver
Ingloriosamente preguiçosamente desanimadamente
Letargicamente morosamente morrer que vida
Há? viver inocentemente ingenuamente puerilmente
Infantilmente superficialmente morrer que
Experiência há? viver casmurramente taciturnamente
Sorumbaticamente meditabundamente arriadamente
Morrer que paixão há? viver marginalmente
Excluidamente miseravelmente pobremente
Abandonadamente morrer que satisfação há? viver
Toupeiramente zumbimente eletronicamente
Descartavelmente grosseiramente morrer que
Salvação há? viver desgraçadamente tacanhamente
Infernalmente rusticamente grotescamente
Morrer que absolvição há? nenhuma só condenação

A sociedade brasileira está repleta de toupeiras: BH, 060802016; Publicado: BH, 090802016.

A sociedade brasileira está repleta de toupeiras
Pessoas que não estudaram idiotas bizarras
Ignorantes bisonhas mas há também as
Toupeiras especiais pessoas que estudaram
Não são ignorantes bisonhas não são idiotas
Bizarras mas são indiferentes mórbidas
Possuem diplomas cargos status são boçais
Desprezam são desprezíveis alfabetizadas
Com teses doutorados agem como analfabetas
Sem educação sem cultura sem humanismo
Humanidade a nossa sociedade está repleta de
Zumbis eletrônicos funcionais nunca leram um
Único livro sequer não sabem uma canção não
Conhecem uma poesia um poema um soneto
Não têm discernimento trabalham comem
Bebem transam dormem acordam viajam
Tiram férias vão às igrejas seguem pastores
Cegamente idolatram padres carismáticos
Acobertam pedófilos apegam-se iguais hienas
Às carniças contaminam os semelhantes com
Suas ideias religiosas conservadoras misóginas
Reacionárias fascistas homofóbicas vazias
Apodrecem os iguais com seus ideais desiguais
Anticomunistas antissocialistas racistas
Globalizados neoliberais capitalistas de direita
Verdadeiras mentalidades atrasadas são
Retrógradas estéticas plastificadas estéreis
Não podem abrir a boca só falam o que não
Aproveita-se ou o que só reverbera-se entre
As partes inúteis inocentes úteis massa de
Manobra manipulada famosas famigeradas
Estúpidas obtusas não há nada que clarifique-as
Dão murros em ponta de facas agridem as
Pedras nas quais tropeçam com o intuito de
Causarem-nas a dor que sentiram ao tropeçá-las
A sociedade brasileira está repleta de almas as
Quais até podemos orar por tais pedir a Deus algo
Mais nos manter afastados das mesmas à distância

Gentes trabalhadoras brasileiras deixaremos que; BH, 080802016; Publicado: BH, 090802016.

Gentes trabalhadoras brasileiras deixaremos que
Uma quadrilha do crime organizado nos governe?
Permitiremos que uma ratazana gabiru de esgoto
Igual ao michel temer propineiro seja chamado
De nosso presidente? consentiremos um hipócrita
Tal o José Serra ser chamado de chanceler? não
Quero acreditar que seremos coniventes com
Corruptos condescendentes com corruptores
Convenientes com corrompidos gentes trabalhadoras
Da nação brasileira não podemos ser vistos ao
Mundo como um povo sem-vergonha vira-lata
Covarde medroso ou emparedamos esses
Canalhas ou seremos desmoralizados por eles
Tão ou mais canalhas como esses políticos
Golpistas são juntos aos seus comparsas Eduardo
Cunha Gilmar Mendes Aécio Neves Antônio
Anastazia Cristovam Buarque ou damos um
Basta já ao golpe sujo ou adeus país soberano
Adeus gente cidadã adeus República Federativa
Do Brasil adeus Estado Social é hora de
Fazermos agora a nossa Primavera Brasileira
Com a total derrubada dos interinos a volta
Ampla geral irrestrita triunfal da Presidenta
Dilma Vana Rousseff ao cargo do qual foi
Alijada inconstitucionalissimamente num momento
De nossa letargia republicana acordemos então
Para a liberdade para a independência para a
Normalidade democrática com o nosso povo a
Castigar a lançar ao ostracismo cada golpista
Traidor usurpador entreguista lesa-pátria
Acordemos para o engrandecimento do Brasil
Imediatamente antes que as trevas nos encubra
Eternamente seja tarde para arrependimentos

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Não faço texto para viralizar faço texto; BH, 050802016; Publicado: BH, 050802016.

Não faço texto para viralizar faço texto
Para ser refletido para lutar o bom o
Mau combates a usar todas as armas
Disponíveis soco na cara com soqueira
Murro no olho com soco inglês mordida
Com dentes ferozes arranhões com
Unhas de feras espinhos de ferrões não
Faço texto para ser banalizado deixado
De lado esquecido logo em seguida
Guardado na lata de lixo faço texto para
Atacar os cachorros vira-latas complexados
Os lesa-pátria entreguistas as toupeiras de
Plantões os zumbis eletrônicos manipulados
Pelo PIG Partido da Imprensa Golpista pela
Máquina nociva da mídia os robôs fascistas
Faço textos para destruir a plutocracia detonar
A cleptocracia derrubar a burguesia enterrar a
Elite para dar chutes no saco da direitona
Raivosa odienta colérica da justiça sem-vergonha
Vagabunda sanguessuga da nação trabalhadora
Brasileira meu texto é vômito na boca faminta
Da camarilha dos deputados é regurgitação de
Bílis na garganta profunda desse senado covil
De bandidos desse executivo usurpador
Golpista protetor de corruptos que fez com
Que o país seja visto aos olhos do mundo como
Um país de corrompidos de corruptores faço
Texto para chamar o povo à realidade
Impedir este golpe sujo de estado restabelecer
A normalidade trazer de volta ao lugar
Ocupado pelo interino traidor a legítima
Proprietária do cargo eleita por sufrágio
Universal a Presidenta Dilma Vana Rousseff
Verdadeira representante do povo trabalhador
Brasileiro com o que querem a plutocracia a
Cleptocracia a burguesia a elite o judiciário
O legislativo o executivo que acabam com a
Democracia brasileira com a cidadania do povo
A soberania da nação vergonhosamente