Entre fráguas correndo, outrora no deserto
Ele tinha o horizonte apenas por baliza....
Vivia no sertão, beijado pela brisa,
O velho leito sempre ao grande sol aberto.
Até que, certa vez do luar incerto,
Do vale, já no fim da noite que agoniza
De repente, êle viu entre a bruma, indecisa,
Uma cidade nova erguendo-se bem perto.
Enterrado, porém, não mais a luz de prata
E nem a luz do sol enxerga... é quase um monge...
É um prisioneiro até dessa cidade ingrata.
Mas, mesmo assim, sem ver êste clarão dos atros,
Tôda a lenda, talvez, de um tempo que vai longe,
Êle canta na treva, a caminhar de rastros.
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