Tenho a língua solta
E sei que peixe morre pela boca;
Mas não estou nem aí,
Falo mesmo e meto a língua,
E meto o pau, e não tenho medo
Do que vai me acontecer;
Não gosto de covardia
E nem de injustiça;
Sou do povo e
Pelo povo e para o povo;
Não paro o povo
E nem deixo o povo;
Alerto o povo
E não iludo o povo;
Não minto e nem engano
E não tenho freio na goela;
Denuncio e grito,
Mato a cobra e mostro o pau;
Sou contra a opressão,
E a exploração;
Sou a favor da emancipação do proletariado
E do povo humilde e fraco, desamparado
E abandonado e sem uma
Chance, opinião, nada;
E sou livre, falo o que penso, não
Tenho cabresto e nem freio na boca,
Tenho a garganta dilacerada
E nem mesmo a morte pode me calar.
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