Minha inteligência é da forma de funil,
Estreita e pequena, apertada tanto,
Que às vezes passa, até despercebida;
Não será preciso, afunilar minha cabeça,
O pouco que tenho, cabe dentro dela,
Pois nunca soube, aguçar meu conhecimento,
Estimular meu desenvolvimento, apurar minhas
Capacidades, mentais e intelectuais; não digo
Espirituais, porque espírito não tenho; e
Mesmo se fosse afuselado, aberto e apto,
Não saberia empregar, não saberia qualificar,
Tirar algum proveito do meu pensamento,
Que cada vez mais, causa meu agachamento,
Meu agachar de vergonha, de abaixar atrás dos
Outros de tanta timidez, que faz acaçapar-me
Atarantado, igual bola de sinuca, que não
Pode ver um buraco, e um canto para
Acocorar-me e enfiar a cabeça na terra,
Como faz a ave truz, na hora do perigo;
Assim sou humilhado e submisso e sem
Potência para reagir, aferrar o inimigo, ou o
Ferir com gadanho; agarrar o adversário,
Com unhas e garras, arranhar e agatanhar,
Pôr para correr, agadanhar de novo, e
Ficar no lugar dele.
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