Minha mãe só falou o que era bom para mim;
O meu pai só disse o que era para o meu bem;
Sempre fui um surdo,
Sempre fui um cego,
Sempre fui um mudo
E ao que partia dos meus pais,
E não levava em consideração;
Hoje me arrependo,
O que é a minha vida?
Hoje lamento, choro e sinto remorso,
De não ter dado ouvidos,
De não ter prestado atenção,
No que eles tinham a dizer-me;
Hoje sou um perdido, um maldito
Proscrito; hoje sou um renegado;
Não tenho nome e nem tenho
Personalidade e caráter e moral;
Sou um filho pródigo, que nunca
Retornou ao lar, nunca retornou ao pai,
Nunca retornou à razão; qualquer marquise
Me serve de lar e qualquer lata de lixo
Me serve de pão; qualquer mendigo de rua,
Me serve de irmão.
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