O que me traz sorte:
Minha mulher e meu filho;
O que me mantém vivo:
Minha teimosia, obstinação,
Em querer viver;
Mereço estar vivo?
Lógico que não;
Tenho que estar sóbrio,
Não posso mais beber;
Meu filho, segura minha mão,
E me ajuda a atravessar a rua,
Meus passos são trôpegos,
Posso tropeçar e cair, me segura,
Tu que és mais forte que eu;
Pois tenho medo, não tenho sorte,
Sou maldito, amaldiçoado, por
Tudo e por todos; não tenho fé;
Matei primeiro a minha esperança,
E já estou na balança.
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