Sou um santo fraco,
O mais fraco dos santos;
Meus pés são de barro,
Minha estrutura é frágil,
Feita de pau oco;
Tremo à toa,
E tudo que se passa
Ao redor de mim,
Mete-me medo;
Deve ser a covardia,
A coragem que não me habitou,
E o pânico tomou conta
Do meu coração;
É uma doença grave,
Um câncer, uma infecção;
Uma inflamação na alma,
Um mal que não tem cura,
E que me envergonha,
Em qualquer situação;
Sofro só em pensar,
Se um dia terei,
Que dar uma de homem,
Na frente dos meus filhos,
À frente de minha mulher,
Num duelo com armas,
Numa ocasião de risco,
Já imaginou que fiasco?
E sei que vou falhar;
Sou um fracasso de herói,
Um fiasco de gente,
De homem na sociedade
E não existe lugar para
Seres de minha laia;
Nem Deus e nem o Diabo,
Querem almas
Da qualidade da minha.
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