Acabei de chegar do nada
Vim do porão dum navio
Negreiro para o meu
Agrilhoamento ao cepo da
Morte ao pelourinho do
Castigo vim da sarjeta
Vim do esgoto para
Agrilhoar-me prender-me
Com grilhões acorrentar-me
Nas masmorras das profundezas
Dos sepulcros para que a minha
Imagem de morto venha
Constranger o agrimensor
Latifundiário moderno feitor
Renovado capitão do mato
Senhor feudal atual o
Medidor de terras dono
De propriedades rurais
Onde estão os cemitérios
Onde estão as sepulturas
As covas as campas
Dos meus ancestrais dos
Meus antepassados
Antecedentes muitos mártires
Lideres ilustre da luta pela
Reforma Agrária não conheço
A agrimensura técnica de
Medir terras só os sete palmos
Porém sei que se repartirem
A terra com justiça um pedaço
Para quem nela trabalha o
Problema já estaria resolvido o
Mal do neoliberalismo é que não
Sabe ver não sabe enxergar a
Solução a um palmo do nariz
Sem ser formada em agronomia
Sem ser agronômico a maioria
Sabe que as respostas para as
Ansiedades do povo desempregado
Sem esperança está na terra
Abundante boa para replante a
Terra agridoce a terra agro-doce
A terra agro acre agre o campo
De terra cultivável de terra
Cultivada que desde criança
Ouço falar que serve para a
Reforma Agrária já estou
Agrisalhado vou morrer
Não vou ver o sonho
Realizado da
Reforma Agrária
Nenhum comentário:
Postar um comentário