domingo, 12 de junho de 2011

Adeus já vou-me embora agora de vez; RJ, 090401997; Publicado: BH, 0120602011.

Adeus já vou-me embora agora de vez
Pegar o navio do deserto navegar em
Tempestade de areia meus olhos estão
Entupidos meus ouvidos embutidos de
Choros de crianças famintas sei que é
Triste ver através do convés a miséria
Perpétua causa cláusula pétrea que
Paira sobre as pessoas que sobrevivem
Aqui á vou que não aguento ficar aqui a
Olhar a sentir o sangue jorrar a sentir a
Hemorragia sem poder a estancar
Vou-me embora a correr o navio zarpou
Foi totalmente encoberto pela escuridão
De areia mamãe estou a chorar estás morta
Aqui sugo o teu peito não sai mais leite só
Sangue mamãe estou a chorar pequenino
Abandonado a morrer à míngua desamparado
Meu pranto não comove ninguém moço pelo
Amor de Deus vê se Deus ainda existe pede
Para tirar-me enfermo desse miserável inferno

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