quinta-feira, 28 de julho de 2011

Negativamente a sabedoria; RJ, 0290301999; Publicado: BH, 0280702011.

Negativamente a sabedoria
Distanciou-se como pode
Dos abismos do meu cérebro
A minha imensidão que
Imaginava comparada à do universo
Se revelou menor do que uma molécula
Não percebia que o céu era azul
Que o firmamento
Se refletia no cristal do mar
Pedra preciosa viva
Diamante lapidado
Pela própria natureza
Que cansou de me ver chorar
Misturar minhas lágrimas
Com as águas do mar
Minhas lágrimas
Também são azuis então
Sábios são os que sobrevivem
Só com o instinto
Sábios são os sábias
Os pássaros que sabem cantar
As formigas as abelhas
Os vaga-lumes também
Sábias são as joaninhas
Os beija-flores
Sou pobre mortal
Digno apenas de minha sepultura
Da poeira pela qual
Vou me alimentar na eternidade

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