Ai meu arauá arauá meu ai
Indígena da tribo aruaque
Dos meus queridos Arauás
Onde é que estás no fundo
Do rio Xiué ou no fundo
Do rio Xiuá? tua alma meu
Irmão aonde é que anda a
Vagar? daqui sumiu até o
Aratu pequeno caranguejo
Quadrangular da família
Dos Grapídeos conhecido
Como marinheiro hoje por
Cima de tudo passou a
Fumaça da poluição do
Progresso do desenvolvimento
Tudo cai no esquecimento
A terra não conhece mais
Nenhum instrumento
Aratriforme o arado não
Abre mais o sulco da vida
Na virgindade da mãe terra
Tudo que era pertencente
Ao arado à agricultura o
Aratório da semente da vida
Foi deixado de lado abandonado
Ao cair no desuso na desolação
O aratanã ave dos icterídeos não
Pousa mais nos galhos do araticu
Nem o arataiaçu que sumiu também
Que saudades do aratá, da tribo dos
Aratás dos afluentes do Xingu
Que se perfumavam com as raízes
Das Euforbiáceas raízes perfumosas
Da arataciú a araroba angelim-araroba
Virou pó rxtraído dessa árvore
Empregada medicinalmente na tintura
O bosque de araribás o araribal
Ai, com que vergonha fico ao olhar
Para atrás não enxergar nada aí ai
Nenhum comentário:
Postar um comentário