Quero mais é pôr-me em nicho
Alojar-me bem longe distante
Já que não gostam de mim quero
Mais é anichar-me das mulheres
Não sou uma anidrita um mineral
Ortorrômbico sulfato de cálcio
Anidro impróprio para a
Fabricação de gesso porém próprio
Para outras propriedades não sou
Anídrico sem água mas já que não
Querem beber na minha fonte d'água
Fresca sinto nada mais não poder
Fazer por não perceberem o meu
Suor por não me verem comer o pão
Que o diabo amassou com o suor do
Meu rosto todos me chamam de
Vagabundo na vagabundagem todos
Chamam-me de vadio na vadiagem
Todos me chamam de ladrão na
Ladroagem é a anidrose que não me
Deixa suar é a ausência a diminuição
Da secreção do suor que faz causar
A impressão que não sou de molhar
A camisa não me preocupo com isso
Pois sei que escrevo da mesma forma
Que Van Gogh Dali Picasso pintavam
De repente sou até uma reencarnação
Desses três gênios não sou um alienado
Anielado esmaltado com nielo não
Conheço a anielagem nem a operação
De anielar não trago no coração o
Esmalte negro sim o anilaçu anilado
O arbusto da família das compostas
Tinto corado de azul azulado um
Desejo de firmamento animante
Uma paixão que anima a resistir
Ao encobrimento do azul do céu
A encontrar um dia a felicidade
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