Sou um galo de briga de rinha
Um galo bom com garra bicudo
De crista sou um galo de raça
Com esporão quando entro na
Luta posso perder os dois olhos
As papas as papinhas mãos os
Pés que não desisto que não me
Entrego apanho me machuco
Mas não me abato não me
Acovardo sou um galo preto
Pode o adversário romper-me
O peito as entranhas o corpo
Pode dilacerar-me vai matar-me
Mas não vou ajoelhar-me
Se tiver de cair vou cair de pé
Esquartejado decepado mas
Vivo lúcido a lutar a brigar
Contra o luto até o final
Até à última gota de sangue
Até quando o último suspiro
Abandonar-me o peito
Sou duro de fibra ou um galo
Raro de raça pura da boa
Sou um galo de briga de rinha
Nenhum comentário:
Postar um comentário