sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Um dia vou entender; BH, 090502000; Publicado: BH, 0401102011.

Um dia vou entender
Todas as minhas metamorfoses
Só vou sofrer mais se perder um
Dia a consciência da poesia me
Transformo num anorrinco
Desprovido de bico depois
Num anortita mineral triclínico
Do grupo dos feldspatos
Plagioclásio ortossilicato
De cálcio alumínio com
Pequena quantidade de ferro
Magnésio potássio vejo-me
Anoruegado como designativo
Das encostas frias sombrias
Da Noruega acordo com
Anosmia com perda do
Enfraquecimento do olfato de
Anosteozoário animais desprovidos
De ossos não sou apontador de mim
Não sou observador meu
Anotador dos meus defeitos
De certo gênero de insetos
Do sul da Europa a anóxia
Ppesadelo é anseriforme
Onde fujo da forma de pato
Ou de ganso meu corpo se
Assemelha ao anserino
Com pensamento ansiforme
Em forma de asa e aliforme
Sem saber se o pensamento
Já existia na idade da pedra
Vou esquecer essa ferramenta
De pedra lascada aqui
Para que as gerações vindouras
A encontrem fiquem a saber
Que passei por aqui
Antes do período paleolítico

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