Não encontro nada não
Que justifique aqui
O sofrimento desencadeado
Aos povos desprivilegiados
Que morrem abandonados
Pelas sociedades pelos governos
A minha inteligência frágil
Não me permite raciocinar
A ponto de entender
A justificativa injustificável
Para tanta violência
Tanta miséria desgraça
Matar de fome de pobreza
Tanta infelicidade raiva,
Matar de sede à míngua
Tanto ódio rancor
Choro infinito
Pranto sem fim
Não encontro nada
Que me faça parar
De repetir as mesmas coisas
De bater nas mesmas teclas
Ser repetitivo sofredor
Por ver que continuam
Os mesmos males
As mesmas dores
Que remédio algum
Consegue sarar
A mesma hemorragia eterna
Nas veias dos bolsões dos guetos
Onde despontam sarjetas de valas negras
Donde crianças de barrigas d'água
Alimentam-se sem parar
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