Vou fazer uma análise
Analisar tudo que for preciso
Com precisão de eficiência
Dizer sábias palavras iniciadas
Mesmo eruditas na atualidade
No execrável exílio do vexame
Exame certo no exato momento
Um verdadeiro exemplo de existir
Examinar com profundidade
Desses seres inexistentes
De vida inexata
O esôfago dilacerado
A tudo que se opõe ao esotérico
O falso exotérico pungido
Constrangido também
Aliás na realidade
O arroz às vezes está azedo
Estamos liso de bolso
Com azia para antever
Sem anestesia no ouvido
Batizar a buzina através do aviso
Do artesão da vida assada na brasa
Pois do universo é capaz de tudo
De deduzir todo o deslize
Que todo homem comete
Na corda bamba cotidiana
Botei o meu casaco com dúzia de cigarros
No bolso da frente amarrados
Fiquei na defesa
Sem me enfezar com ninguém
Deixei passar a fase de devaneio
Ocupei uma fazenda com frases de ordem
Entrei em parafuso na hora
Que a polícia chegou
Refugiei-me na foz do rio
A reforma agrária não vingou
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