Acordei aborrecido com o mundo
Zangado com a vida marcado com
O tempo de meu mau humor comigo
Mesmo abodegado quase não consegui
Dormir um sono tranquilo sonhar como
Se estivesse em pleno paraíso do Éden
Ao deitar a cabeça no travesseiro
Começou a abodegação debatia-me
Numa armadilha para pássaros
Pulava num aboiz para coelhos até
Sentir mão poderosa agarrar-me o
Pescoço meter-me no bojo ou algo
Com forma de bojo onde com nojo
Não me cabia em mim padeci para
Não abojar olhar para a liberdade a
Vir a verdade a sorrir a vida de
Esperança a balançar na linha do
Horizonte acordei no meu amanhecer
Menino com vontade de crescer
Amadurecer o espírito a brilhar
A abrir os olhos opacos à luz do sol
Nascente esquecer na manhã clara
Os pesadelos da noite de trevas a
Tristeza de não ter dormido de
Muito menos ter acordado
Num ninho de passarinho
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