Aqui nesta folha branca
Vou deixar sangrar
Como se fosse uma hemorragia
Uma sinfonia da dor
Dor de ver este povo
Sem futuro
De ver tantos problemas
Sem soluções
Vou compor uma sinfonia do silêncio
Só com gritos de ais
Com gemidos latejantes
Com prantos de choros
De crianças desamparadas
Órfãos esquecidos
Nas calçadas da vida
Não terá sorrisos
Pois não há motivos
Não terá alegria
Só tristeza miséria
Só pobreza necessidade
Pois não há justiça
Com toda dificuldade
Obstáculo abismo
Com todo precipício
Buraco montanhas
Vou deixar fluir
Esta sinfonia da dor
Dor infinita lancinante
Que ecoa interminável
A arrasar vidas almas,
Num sofrimento infernal
A silenciar mentes
A ceifar pensamentos
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