sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Com esta cara que tenho; BH, 0401101999; Publicado: BH, 060102012.

Com esta cara que tenho
Pareço um aburu
Ave pernalta do Brasil
De vulgo jaburu
Minha cara de aburinhão
Parece uma roupa amarrotada
Uma passagem mal dada
Com ferro de engomar meio frio
Tudo isto é por sentir
O que abusivamente fazem
Com o meu país
Com o abuso sofrido
Pela nação gratuitamente
Não gosto de sentir a aca
Exalada pelas madames
Da alta granfinagem
Odeio o mau cheiro da elite
O fedor da burguesia
Não posso sorrir de felicidade
Rir de verdade
Com dentes brancos à mostra
Com o caos que vejo
A cárie social
No anseio do povo
É só desemprego
A violência as drogas
Os envolvidos são todos
Pessoas de alto nível
A tristeza maior
É que a nossa sina tem jeito
Nossa saga tem conserto
Não podemos é deixar
Nosso destino cair em mãos
Daqueles que não sabem
Construir a nossa história

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