terça-feira, 24 de janeiro de 2012

paopoesiaazia.blogspot.com.br, Esquina do mundo; BH, 0240102012.

Em um estranho,
O mais estranho dos dias,
Nu,
Senti o tempo parar em uma esquina.

Enquanto ardiam de ânsia meus pés descalços,
Sob o teor imóvel do asfalto
O desfiladeiro de um coração frio tragava o mundo.
"Cego como trator;
Voraz como usina!".

Houve uma chuva fria,
De pétalas e flores constituída.

E no instante do mundo no qual:
O espaço dilui e se espalha;
O tempo pára;
O improvável; nada.
A chuva que caía, logo acumulava.
Formava um rio,
Que subia.

De súbito,
Um mergulho profundo.
(...)
Fui com o amor, subindo a serra.

(...)
Enquanto a cidade desmoronava,
O rio seguia.
Em forma e perfume de mulher amada.

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