quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Podeis acafelar minha máscara mortuária; BH, 0401101999; Publicado: BH, 050102012.

Podeis acafelar minha máscara mortuária
Vestir a mortalha tapar com a cal a areia
Cobrir com asfalto rebocar o meu semblante
Com reboco encobrir a mentira que trago
Estampada no rosto podeis calafetar as
Goteiras de lágrimas que trago no olhar
De chuvas que trago no entardecer vai ser
Fácil simples a acafeladura da falsidade o
Acafelamento da ilusão a verdade é que é
Difícil a realidade é que é dura às vezes
Escura acafetada tirante à cor do café
Penso que a razão na nossa cabeça é
Que não é clara não é branca igual a
Leite sim é de acafetar não é a açaflor
Do açafrão é difícil igual ao grão de
Areia na ignição ou migalha de pão
Que nos fazem acafobar apressar
Nossos passos para longe dos 
Caminhos da razão atrapalha nossos
Raciocínios transforma-os em
Sofismas de sofistas nos faz afobar
De medo na hora de enfrentar a luz
Do dia fugimos iguais vampiros a
Procurar catacumbas calabouços
Ns trevas da ignorância

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