Saudades! Sim... talvez... e por que não?
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou belezas que conforte
Deve-os ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci;
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
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