domingo, 25 de março de 2012

Sempre Vivas, 181, 7; CONT, 0240302012; Publicado: BH, 0250302012.

No universo tenho a vantagem do infinito
Prefiro ficar aqui na eternidade
Porque posso escrever meus poemas para
A posteridade no horizonte estou à frente
De todos das coisas até de mim dou
Nome à cada estrela que nasce
Conhecem-me me chamam por meu nome
Dou nome à cada pétala de flor sideral
Não tenho medo de errar se estiver
No meio duma tempestade solar não
Cairei no fundo dum buraco negro
Assoprei o sol bem de perto todos os meus
Pensamentos encarnados entraram no seu
Núcleo de manhã bem de manhãzinha
Antes dele nascer serenei com a lua
Serena a relva mais fresca regada
Pela saliva da menina trazida
Pela aurora boreal contei grão
Por grão a areia de minha ampulheta
Meu tempo não passava pingava gota à
Gota das muralhas do firmamento
No lugar onde caía nascia outro
Tempo era que me revigorava a cada
Época por motivo de estar aqui no
Universo onde estou capitaneei naus
Celestiais caravelas divinais castelos
Medievais suspensos por fios dos bigodes de
Salvador Dali imaginados por
Sua loucura genial materializada
Em telas de paisagens surreais espelhadas
Na careca de Pablo Picasso nos desarranjos
Estruturais de Juan Miró não não quero
Sair maravilhado deste universo encantado

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