Creio que eu poderia transformar-me e viver como os animais.
Ele são tão calmos e donos de si!
Detenho-me para contemplá-los sem parar.
Não se atarantam nem se queixam da própria sorte,
Não passam a noite em claro, remoendo suas culpas,
Nem me aborrecem falando das suas obrigações para com Deus.
Nenhum deles se mostra insatisfeito,
Nenhum deles se acha dominado pela mania de possuir coisas.
Nenhum deles fica de joelhos diante de outro,
Nem diante da recordação de outros da mesma espécie
Que viveram há milhões de anos.
Nenhum deles é respeitável ou desgraçado em todo o amplo mundo.
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