A pele riscada pela vara de granito
De Saramago em risco de separações
De pele carne de osso de continente
Fluíram depois de separados por todos
Os mares de oceanos camonianos
Que nunca dantes navegados salvos
Pelo autor enquanto as ondas voltam
Ao mar português a levar as histórias
Esquecidas a deixar nas praias as
Marcas indeléveis dos tempos
Perdidos das civilizações que não deram
Certo valorosos descobridores tateiam nas
Velas das naus de manhã bem cedo
Quando é tarde nos homens que
Pessoa tentou transformar em pessoas
O maior libertador de fantasmas
A confrontar com o libertador de
Continentes o que mais tirou seres
Acorrentados das paredes das cavernas
O que mais tornou sonhos de
Infância em exércitos de homens
Pacíficos a guerrear pela paz
Um sereno guardador de rebanhos domador
De pensamentos selvagens em cavalos
Domesticados o outro fazedor de bonecos
De barros rastreador de elefantes
Voador em máquinas pré-históricas
Aqui jaz um que desfrutou de ambas
As fontes que bebeu água de açudes de
Crateras vulcânicas cacimbas medievais
Que encheu cisternas com as lágrimas
De todos os escravos da humanidade
Produzidos pela humanidade que
Inda hoje teimam em ser escravos
Do que puder subjugá-los sou
Um destes escravos tenho em mim,
Os meus dominadores libertadores
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