sábado, 6 de abril de 2013

Mário Quintana, Estranhas aventuras da infância.




Era um caminho tão pequenino
Que nem sabia aonde ia,
Por entre uns morros se perdia
Que ele pensava que eram montanhas...


Enquanto a tarde, lenta, caía,
Aflitamente o procuramos.
Sozinho assim, aonde iria?
Porém, deixamos para um outro dia...


Perdido e só, nós o deixamos!

E quando, enfim, ali voltamos
Já nada havia, só ervas más...
Tão vasto e triste sentiste o mundo
Que te achegaste, desamparada...


E foi bem juntos que regressamos,
Ombro com ombro, a mão na mão,
Enquanto, lenta, caía a tarde
E nos espiava a bruxa negra...


E nos seguia a bruxa negra
Que hoje se chama Solidão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário