Não sei como é que a humanidade continua a existir
Se tivesse o dom da pergunta perguntaria à humanidade
Como é que ainda existes não te destruístes nem foste destruída?
Pois desde que o primeiro ser humano colocou a cabeça para fora
Da cavidade vaginal da primeira mãe a dar à luz a humanidade
Perdeu-se no vácuo na maldade na imperfeição eternas
A iniquidade tomou conta o pecado é a meta traçada
Por cada clone de primatas que chamamos de seres humanos
Tanto já destruiu fez por destruir que é quase impossível
Ficar sem obter respostas mesmo o que não tenho o dom da pergunta
O único culpado do próprio extermínio extremo é mesmo o ser
Humano que cava ao crepúsculo o sepulcro onde faz questão de lançar
Os restos apodrecidos de toda a história que não soube contar
Triste vergonhosa é a saga desde o berço o primeiro suspiro
Tantos homens vieram com ilimitação grandeza espírito incomum
Com limitação da própria vida à felicidade não conseguiram
Sensibilizar um componente sequer desta vil ignóbil humanidade
Como não tenho dom nenhum nem quero ter
Pois já carrego o meu fardo não é leve já carrego o meu legado
Pesado como se fosse feito de chumbo que chega a me vergar
As costas a coluna a me sufocar a dificultar o respirar
Não vejo a maneira de salvar de libertar esta turba
Antigamente na época da inquisição quem queria
Ser salvo pagava à Igreja Católica uma certa remuneração
Recebia um certificado assinado por alguma autoridade eclesiástica
Que garantia a salvação hoje tem gente que acredita que se pagar o
Dízimo às igrejas evangélicas já está garantida a salvação eterna a
Prosperidade aqui na terra a libertação dos jugos
Já penso totalmente ao contrário quem quiser
Que dê de dízimo até os olhos doei todos os meus órgãos
Quando fiz a minha carteira de identidade
Não espero ir para o céu por isto fiz por obrigação
Era o mínimo que poderia fazer por esta humanidade
Apesar de pensar que todos não merecemos mesmo ser salvos
Merecemos o que nós todos estamos cansados de saber que merecemos
Nem é preciso repetir o óbvio e a lógica do nosso final
Quem tiver capacidade que inverta a situação natural
Quem for competente que se salve duma vez no seu destino
Pois já estamos cansados de nos ver perdidos abandonados
Iludidos pela mentira pela falsidade longe
De atingir de verdade a liberdade total que
Nos fará nos libertar de todos os preconceitos
De todos os dogmas de todos os tabus de
Todos os complexos mazelas mandingas amarrações
Macumbas despachos trabalhos de feiticeiros
De bruxarias de missa negra de magias de encantos
Se para melhorar evoluir o homem é capaz de
Se voltar contra si mesmo ir ao fundo do nada
Espojar na lama vender a alma pagar ficar a dever
O bom é procurar dentro de si mesmo as respostas
As soluções as resoluções que o tirará da meta final
Do paredão de fuzilamento da morte por enforcamento
Do precipício do abismo colossal donde nem
A alma nem o espírito sobreviverão para contar
A história do era uma vez uma humanidade
Ninguém poderá modificar o final triste desta história sem fim
Ninguém poderá atingir o âmago da razão da sabedoria por mais
Que se pense digno de possuir a chave da genialidade da ética
Do equilíbrio emocional do controle das tempestades
Interiores das procelas furores que atormentam
Causam o nosso desespero as nossas depressões infinitas
Não nos deixam adquirir a paz essencial o amor
Que não sejam o elo da pieguice do temor de quem
Não quer amar por sentir vergonha pudor pudibundo
Em ser feliz espalhar a felicidade no peito onde bate
Um coração danificado em compasso com demais órgãos
Desenvolvidos na áurea da luminosidade plena totalmente preparada
Para inverter o fio da meada na tentativa de somente querer
Ver com os olhos não ver sentir com o coração
O que o coração não quer sentir nem perceber nem entender
O que vem a ser o maior marco da ignorância da brutalidade da
Falta de delicadeza bom-humor calma tranquilidade
Serenidade mansidão em saber ouvir o embrião
Saber ouvir o lauto sem se deixar influenciar por qualquer
Que seja a razão apresentada
Quem manda é o conjunto do comboio que nos
Comanda nas horas mais incertas não nos abandona
Não vai nos trair nem vai nos decepcionar jamais
Já que perdemos tudo não podemos perder a esperança
Não podemos perder a confiança cada vez mais
Fortificá-las para o nosso próprio bem pois quem espera
O sonho cair do céu se tornar realidade não consegue
Tem é que ir atrás tornar a realidade realidade a água
Que mata a sede do perdido no deserto desconhecido
Sonhar realmente não custa nada ficar só a sonhar
Também não se consegue nada em vez de dormir
É melhor sonhar acordado a fazer por onde merecer
Que seja transformado realizado sem interferência
Sem ingredientes outras perplexidades reflexões
Em busca da boa sorte do fim do azar a da ajuda de
Deus que está no céu que vai mudar a tua vida
A te endireitar para que sejas feliz quando morrer
Já que não quero ser feliz quando estiver morto
Não quero mais nada depois que morrer
Pois passeia a minha vida a chorar a sonhar a
Orar a lamentar a pedir a Deus ajuda
Passei a minha vida a ir atrás das coisas que
Nunca poderia encontrar para me satisfazer realizar
Não acordei ainda não tirei de mim o estigma
De sonhador inveterado que espera a sorte a
Oportunidade que nunca vou conseguir
Não dinamitarei a barreira formada por pedreiras de
Milhões de cordilheiras que carrego dentro de mim
Passariam gerações mais gerações não conseguiria
Dinamitar as montanhas os picos os morros as ladeiras
Que trago dentro de mim recobertas por chumbo por
Concreto armado sustentados por vigas de aço
O dia em que me livrar vou dar uma festa
Uma comemoração de contentamento alegria
O dia em que me ver liberto vou convidar
Toda a humanidade para comer beber às minhas custas
Não quero ninguém a reclamar nem de sede
Nem de fome nem de tristeza nem de dor
Quero só todo o mundo a comer a beber numa festa
Um banquete mundial sem fim onde nada de ruim
Poderá acontecer só a participação de todos
Para que seja um acontecimento épico clássico
Tipo um poema de Homero de Virgílio ou doutro
Grande poeta da galeria das celebridades eternas
Dos quais conclamo os espíritos as almas
Dos quais conclamo os fantasmas as mentes
Que estão por aí no além ou no limbo ou no aquém
Avisem-me onde procurar para ser os convidados
Mais importantes mais esperados dos banquetes que
Pretendo fazer no dia em que a liberdade me atingir (1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário