Sono, que vens na paz da Noite solitária,
Ó pai mantenedor de toda criação,
Encantador gentil, consolo na aflição,
E da alma ressentida, ajuda necessária:
Por que a mim só, bom Deus, é tua mão contrária?
Por que tanto sofrer na minha solidão.
Quando os negros corcéis da noite lá se vão,
E todo mundo frui sua graça ordinária?
Teu silêncio onde está? A paz, serenidade,
E estes sonhos, voando em plena escuridade,
Que apagam nosso afã no mar do Esquecimento?
Tu que és irmão da Morte, és o meu inimigo!
Imploro teu socorro e estás adormecido.
Me fazendo abrasar teu gélido tormento.
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