quarta-feira, 3 de julho de 2013

Depois de delirar sobre o caminho seguido por minha morte; BH, 01º0202000; Publicado: BH, 030702013.

Depois de delirar sobre o caminho seguido por minha morte
Por meu espírito por minh'alma depois de relatar na primeira parte
Todo o percurso do destino traçado por meu pensamento depois de
Morto passei por cima do inferno não me aprofundei igual ao Dante
Não desci para conhecer nem para ver de perto os sofrimentos das
Almas dos espíritos que não souberam levar em vida uma vida sadia
Equilibrada uma vida bem vivida depois de tudo que vi não vi de
Tudo que falei não falei olhei para o universo que deixei fiquei
Triste com vontade de chorar por verificar que o mundo
Continuava o mesmo a cometer os mesmos erros as mesmas
Falha os mesmos defeitos sem a preocupação dum dia atingir
O néctar da perfeição da certeza para a minha dúvida o mundo
Continuava uma dúvida uma incerteza infinita uma inexatidão
Exata não voltei mais a pairar sobre as trevas a luz chegou para
Iluminar as sendas esdrúxulas da humanidade não conclui que
Nada mais não me restava de imediato não poderia mais partir
Em busca do que quer que fosse a necessidade do que levei
Comigo para o limbo a barreira que me separava do antigo
Plano era na verdade indescritível parecia feita de sonhos
Pesadelos quando olhava o meu cadáver em cima da lápide
Pensava que realmente estivesse a dormir não entendia por
Que as pessoas amigas choravam se estava apenas a dormir
Apesar que dentro de mim já começa o banquete o festim dos
Vermes por minhas carnes imprestáveis o que pude retirar de
Útil de mim retirei pois o que sempre pensei que seria útil
Para mim era o meu espírito onde vivia nele agora então foi
Feita uma troca um período viveu em mim agora, neste período
Viverei nele da mesma forma agiremos assim com a minh'alma
Com o meu pensamento com a minha mente memória sempre
Viveram em mim agora sou o que viverei neles que terão que
A me aturar que a me aguentar suportei por muito tempo as
Manifestações os altos baixos as depressões os complexos
Medos dogmas tabus covardias choros lamentações lágrimas
Prantos dores sofrimentos paranoias hipocrisias neuroses
Distúrbios extremos terminais suportei até uma morte em
Nome dum equilíbrio duma presença que lutei para não
Abrir mão lutei para não abandonar não divergir as energias
Fazer com que cada um fosse para um extremo desconhecido
Canalizei para que todos nós fôssemos para um determinado
Lugar comum nos bilhões de bilhões de bilhões de quilômetros
Ao cubo de anos-luz que é o comprimento da imensidão que
Nos envolve depois da imensidão que envolve todos os
Universos o antes o depois o ido o vindo o vido não foi fácil
Amarrar toda a rebeldia amarrar toda a vontade de voar a
Liberdade depois de se ver livre duma cadeia craniana viciada
Não entendi porque flores ao redor de mim para que velas mais
Lágrimas mais choro? se aqui estou numa boa estou bem não
Sinto mais todas as dores que me afligiam que causavam minha
Aflição aflição emocional nada sensacional se pudessem me
Ouvir diria porque velas para que lágrimas choros para que caixão
Para que enterrar o que restou? agora estou aqui no meio donde tinha
Vindo ido para aí no meio agora não preciso de luz de velas sou a luz
Tenho a luz estou na luz a luz está em mim não preciso mais de flores
Pois sou uma flor tenho a flor estou na flor a flor está em mim não sinto
Mais dificuldades de pensar pois agora sou meu próprio pensamento
Tudo é fácil lúcido simples transparente tudo flui com a maior
Tranquilidade com a maior serenidade paz indefinível única só me
Sinto o espírito que encontrou o próprio espírito a alma que encontro a
Própria alma senti em mim que atingi vi fechar o vidro da evolução vi
Fechar o ciclo do vácuo do vazio que sempre me atormentaram nunca
Quiseram sair de dentro de mim por maior que fosse a força que tentasse
Fazer para os expulsar os banir porém agora é diferente esses problemas
Não se aproximam mais nem sequer tomamos conhecimento dos tais ou
Da existência deles ou das lembranças agora é só frescura agora é só
Sombra água fresca nada de suor ou de dor de dente nada de dor na
Coluna nada de dor de espécie alguma nada de trauma deixei tudo na
Mala do tempo que deixamos doutro lado que fica doutro lado que
Fica do lado do lado de lá se aqui não precisaremos de usar nada que
Com o tempo nos fez atormentar nada que com o tempo nos fez nos
Desesperar nos fez cometer erros seguidos uns atrás doutros como
Se estivéssemos de olhos vendados não enxergamos a verdade a
Liberdade a bondade só a vergonha o acanhamento a timidez este foi
Todo o caminho póstumo pós mortem que tracei esta é toda a lembrança
In memoriam que a priori deixarei aqui para que a posteriori alguém
Queira saber o que foi que aconteceu ou oque acontece depois que a
Pessoa morre e qual é o caminho que segue a partir do momento em
Que  abandona o próprio físico no corpo fica aí na terra vira pó lama
Vira-latas nós viajamos através de tudo que pode ser através do universo
Depois do universo assim que é pois contei da mesma forma por que
Passamos na divagação fragmentada pelos fragmentos da viagem com
Restos de lucidez restos de irracionalidade mas é o que acontece com
Quem vai em busca das grutas das cavernas donde nossos ecos são
Respondidos donde nossas soluções são encontradas pena que chegou
A hora da reunião da legião todos vamos trocar nossas impressões
Relacionar os nossos fatos mandar as nossas mensagens
Todos vamos agora passar uns pelos outros uns através
Doutros não haverá mais pedidos de desculpas de perdões
Todos agora somos um só um só agora somos todos
É assim que funciona a engrenagem aqui é
Assim que gira o eterno aqui na eternidade
O além aqui no além o infinito aqui no infinito
Nunca tenhais medo de morrer só se vós morrerdes
Antes de vos transformardes em espíritos em almas
Se vos transformardes em cadáveres primeiro em defuntos
Primeiro aí vós correreis o risco do medo da covardia;
Aí vós correreis o risco de não vos encontrardes com
Os outros componentes que vos formam (2)

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