domingo, 7 de julho de 2013

Caveira de poeta quem te matou na fonte? BH, 030702013; Publicado: BH, 070702013.

Caveira de poeta quem te matou na fonte?
A tormenta de tanto atormentado que era
A tormenta matou-me na fonte do monte
Caveira de poeta quem te matou de horror?
Todas as mortes me mataram não me levaram
De sepultura em sepultura busco o meu passado
As campas as covas fogem de mim as tumbas
Não querem meu espólio não há nenhuma urna
Para depositar meus despojos minhas cinzas
Mas caveira de poeta quem te matou de terror?
A falta que a vida faz na vontade de viver a falta
Que a morte faz naquele que não sabe morrer
Morri tanto que até hoje não aprendi a morrer
Só quero morrer depois de aprender a morrer
Não aprendi nem a viver porém caveira de
Poeta quem te matou de tristeza desgosto? a
Poesia que não soube transformar em obra-prima
O poema que não soube fazer de obra de arte a
Ode que de mim não nasceu triunfal marcial
Visceral caveira de poeta quem te matou? a
Elegia que foi a minha vida desde o dia em
Que disseram que nasci não vivi quem não
Vive morre  nesse dia morri morri meu
Senhor morri minha Senhora para todos
Os gostos sabores sentidos sentimentos
Morri para não viver sem saber morri
Caveira de poeta quem te matou de amor?
Foi a vontade de ser poeta meu Senhor

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