Até o presente momento nada fiz para branquear
Minha mente branquejar meu espírito tornar branco
Cada vez mais branco o meu pensamento não fiz pintar
Cobrir caiar corar alvejar a minha aura como se faz com
Roupa branca no varal porém as trevas em que vivo
A penumbra que me acompanha impedem o meu
Total branqueamento tal a criança que tem medo
De dentista que impede desesperadamente a simples
Operação que consiste em reduzir a coloração escura
Que adquirem os dentes todo tipo de branqueador
Igual substância que branqueia tecidos ingerirei sem
Brandura em grandes quantidades sem mansidão
Cansei da qualidade da escuridão da suavidade
Das sombras do brando às escuras do macio sem luz do
Ocultamente maleável do suave às cegas que cede com
Facilidade às pressões do escurecer do tornar ininteligível o
Anoitecer dentro de mim a ignorância da cegueira
O escuro que me deixa carente sombrio misterioso
Misterioso coração a sentir a falta dum lugar seguro
Até o presente momento nada fiz para acabar com
O meu escurecimento já brandi tudo contra tudo
Cheguei a vibrar oscilar todo o meu organismo
Nada a brancura não me quer a alvura foge de
Mim para esclarecer uma situação tão confusa assim
É só pôr o preto no branco documentar por escrito
Obter assinatura para meu êxito como uma noite de
Autógrafo acabar com o não me sinto aproveitado
Não preencho bem o meu espaço de tempo não sou
Um bom negócio não tenho nem soube aproveitar
A oportunidade passar o resto da vida não preenchido
Todo espaço para a escrita todo texto não assinado
Que combate o escuro como breu a escuridão total que
Impera dentro do íntimo como a resina que comercialmente
Tem a cor de âmbar obtida pela destilação da hulha
É tão essencial quanto a brânquia o órgão respiratório
Para os peixes a guelra para dentro do âmago
Só mando mesmo é a branquinha a cachaça que me
Embriaga não me ilumina nem leva o sinal
Gráfico indicativo de vogal breve no latim clássico
A braquia da braquilogia o emprego de expressão
Complexa que se faz falar com veemência correr
Em alta velocidade tipo um veículo a dar prosseguimento
Rápido a uma ação agir com urgência sem violência
Mandar brasa trabalhar com afinco para criar com
Ardor sensualidade uma literatura em estado
Daquilo que está em incandescente que realmente
Faz brilhar braseiro o recipiente para conter brasas
Em montão que enfim traz a luminosidade
Da criação o brasão da inspiração não o escudo de
Armas o conjunto de divisas figuras que o compõe
Nada de emblema ou insígnia de família nobre
Nobre é a poesia o poema o brasil árvore cuja
Madeira sagrada dá uma tinta vermelha o pau-brasil
Nobre é o brasileirismo a palavra ou expressão
Próprias do português falado aqui no Brasil o natural
Brasileiro com toda a sua brasilidade com todo
Seu brasiliense brasileiro de Brasília mas sem a bravata
O falso ato de valentia do político a bazófia palaciana
A fanfarronada dos deputados a ameaça arrogante
Dos senadores sem o bravateador o ministro que
Bravateia o presidente que só sabe bravatear
Causar braveza no povo bravura na nação raiva
À sociedade o furor da população nada
Para a burguesia para a elite é pior do que
Um povo bravo corajoso de coração valente nada
É pior do que um homem comum feroz
Bravio que sabe agir muito bem sem ser um
Povo não domesticado tipo selvagem igual terreno
Não cultivado inculto sim com qualidade
De bravura valentia que levará à breca toda
Falta de brilho fará morrer a obscuridade sumir
Toda condição espasmódica como a cãibra dos
Músculos a aumentar o rubor do povo levado do
Povo endiabrado travesso que na hora certa
Sabe fazer uma breada brecar a farra com os seus
Interesses do mesmo jeito que sabe acionar os
Freios dum veículo para imobilizá-lo com brilhantismo
Com competência brilhante todo esplendor magnificência
Que só a inteligência faz brilhar cintilar de brilho
Destacar evidenciar ostentar o destino do povo
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