domingo, 1 de setembro de 2013

O papel está aí a mão está aí a caneta de tinta azul; BH, 0140102000; Publicado: 01º0902013.

O papel está aí a mão está aí a caneta de tinta azul
Também está aí agora só faltam a ideia a inspiração
Como falou Glauber Rocha uma ideia na cabeça
Uma câmera na mão é entrar para a imortalidade
Entrar para a galeria dos privilegiados pelo destino
Dos que nasceram com a cabeça voltada para a lua
Para os mistério do infinito do universo do mais além
Além do eterno do sempre onde o fim não começou
Feliz daquele que sabe preencher bem um papel em branco
Com a presença do espírito do valor da mente
Ao não ficar a dever nada a ninguém nem mesmo
Àqueles que o tempo resolveu chamar de gênios só por
Marcar seus espaços com teorias bom aproveitamento
Como sou um coxo um manco um torto mental
Não tenho como deixar minhas pegadas demarcadas
Não tenho como deixar definidas autênticas as marcas
Dos meus pés de capenga de aleijado das plantas desestruturadas
Só mesmo na lama que me compõe é que
Consigo deixar algum vestígio de mim
Da minha sujeira sórdida decomposição orgânica
Inorgânica abstrata efêmera tênue tal o rastro
De visgo que a lesma deixa na viagem pela poeira
Não quero existir faço questão de não existir
Não suporto a ideia de existir de querer que
Exista, mesmo que seja por uma vibração de segundo
Sou imundo formado na imundície mantenho
No peito a chaga da questão de não abrir mão do defeito
Do meio donde fui gerado expulso expelido
Se possível um dia sonhar a realidade
Espero realizar a ilusão de sair do pesadelo
Que causa o desespero extremo de ser do meu porte
Que procura a sorte de sul a norte a deixar
O azar a dormir no meu lugar para acordar
Mais tarde do que nunca mais longe do que
Perto do cedo da sede de sair em busca do tempo
Perdido jogado fora estragado apodrecido encontrar
A restauração da obra-prima da obra de arte de
Um restaurador profissional competente
Capaz de recuperar até obra de papel higiênico
Capaz de recuperar até obra-prima de papel usado
Para limpar o nariz o ânus toda a sujeira
Excremento que este corpo de animal humano
Primata de semelhança expele na andança
Das valas negras abertas à luz do sol que poluem
Os corações as mentes dos répteis serpentes
Que se devoram em rituais canibais ao não
Preservar nem as crianças que transformam
Em vândalos menores delinquentes que são
Jogados esquecidos em muros de prisões
Reformatórios da FEBEM porém só faz o mal
O menor que a mamãe alimentou
Transforma-se no marginal onde o que
Interessa é a violência cruel a maldade
De com as próprias mãos arrancar os órgãos
Doutros internos fazer transplantes com machados
Bailes de máscaras macabras manchadas de sangue
Os órgãos que serviriam para os transplantes
Ficam expostos às moscas aos flashes das máquinas
Dos fotógrafos sedentos por furos para os jornais
Falo que nós precisamos mudar o quadro
Falo que nós precisamos mudar o mundo
Não podemos continuar a olhar as coisas como
Se não fossem conosco como se não estivéssemos aqui
Falo que é preciso empunhar a bandeira
Alguém tem que assumir a liderança a rédea
Estamos órfãos de pais de mães de país de líderes
Estamos órfãos de pátria de exemplos de mitos
Estamos órfãos de nação de homens de quem poderíamos
Nos orgulhar nos respaldar na igualdade
Nossos homens só nos metem vergonha
Só sentimos rancores nojos dos nossos homens
Precisamos de alguém em quem podíamos nos ver
Os homens que nos representam são inúteis vazios
São piores do que cobras lagartos ratos piolhos
São piores do que serpentes morcegos aves de rapina
São piores do que urubus corvos não merecem
Que os chamemos de homens de verdade
Só uma transfusão de sangue no nosso meio
Vai nos limpar do contato que tivemos
Com essa pior espécime que forma o que chamamos
Homens públicos que servem ao povo à nação
Só mesmo vaias muitas vaias ovação com ovos podres
Não podemos poupar nenhum
É melhor assim do que agirmos na violência
Do que agirmos na clandestinidade dos terroristas
A vontade é a de criar um grupo extremista
Sair por aí a eliminar cada membro
Dessa raça que nos envergonha que nos
Causa asco ânsia desânimo
A vontade que me dá é de criar um
Grupo terrorista sair por aí a dinamitar
As bases desses homens vampiros sanguessugas
Morcegos pulgas carrapatos muriçocas
Todos outros parasitas mais que se alimentam
De sangue humano do povo da nação trabalhadora brasileira
Com o fim de surgir outro tipo de protótipo
Outro paradigma outro paradoxo inverso
Útil ideal para fazer a história a saga
Que causem orgulho soberba que causem brio
A inveja a outros povos a outras nações
Com o fim dessa raça de fantoches obsoletos
Devem surgir homens moldados na fé na paixão
Que caiam nos ombros do povo o povo
Não deixa que caiam no chão
O povo é a mão os pés o corpo o
Povo é a força é a trilha do coração (1)

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