Peregrino caminhaste só solitário
A sós? o que importa-me existir?
Existir para que? quisera ser
Pobre diabo capeta sem inferno
Existir pelo menos no nada quisera
Que ó mortais sem nada mortais
Que têm tudo não têm um vento
Não têm um sol um céu ou pelo
Menos uma nuvem quisera poder
Ter poder mortais sem morte ter
Um monte um outeiro uma
Montanha poder dizer o que
Pode dizer um mortal mudo? o
Que pode dizer um mortal que
Nem a morte quer? quem é que
Quer alguma coisa a não ser a
Morte? se a morte não quiser
Nem a morte o que será daquele
Que nem a morte tem para barganhar?
Oferecerá o que à eternidade? que
Resposta dará ao infinito? ficarei
Aqui sem grito no silêncio a
Propagar estas reminiscências da
Morte fincarei aqui pois não
Agradei ao escriba secular não
Serei o que receberá as mensagens
Psicografadas dos fantasmas que
Refugiam-se no limbo fantoches de
Fantasmas que manipulam a felicidade
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