Falar mal de morto não vale
Como vaia de bêbado também não vale
É igual falar mal de ex-mulher
Papel que homem algum
Deveria desenvolver
É igual ao filho falar mal do pai
Ou falar mal da mãe
Não vale
Há quem fala mal de todo mundo
Quando não há mais nada para falar
Inventa
Esse deve ser o pior
O inventor de maledicências alheias
Havia um político que falava assim
Amigo meu não tem defeito
Inimigo se não tiver
Arrumo
Outro que quando não gostava dalgo
Que algum desafeto escrevia
Dizia
Não li não gostei
Havia um cara mesmo que eu abominava
Lambe-botas de generais
Bajulador da ditadura
Chamado Heitor Ferreira de Aquino
Um dia compro um livro de George Orwell
A Revolução dos Bichos
De quem é a tradução?
Do dito coiso Heitor Ferreira de Aquino
Não li de jeito nenhum
Até me desfiz do livro
Tempos depois
Minha filha chega com um livro novo em casa
Justamente o mesmo
Aproveitei contei a história
Mas não a induzi a não lê-lo
Falem mal
Mas falem de mim
Enquanto estou vivo
Falar mal de morto não vale
Falem sempre mal
O dia em que fizer o bem
Não falem
Calem-se
Vamos mudar o destino dos besouros
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