domingo, 14 de dezembro de 2014

Alameda das Princesas, 756, 48; BH, 020902012; Publicado: BH, 01401202014.

Não gostou nunca de mim por que quis
Por que não quis não gostou nunca
De mim não gostar de mim nunca é
Não gostar do meu samba da poesia do
Meu samba da minha poesia não
Gostou nunca de mim por que quis
Não gostar de mim é não gostar dela
Nem do poema que fiz para ela
Nem do poema dela do poema que
Ela é a dediquei minha dedicatória
Minha vida minha história o que foi
Que fez? o que toda mulher não faz
Disse até nunca mais ora vejais vós sós
Rasgou o meu paletó igual a uma
Traça no livro o encheu de furos no
Duro gargalhou na minha cara palhaça
Sem dó ré mi fá sol lá si chuva aqui
Com a clave no meu coração me
Deixou na mão sem bilhete sem
Passagem não passei na linha do trem
Era tudo que faltava me faltou não
Sobrou para mim nem o bagaço da
Laranja foi assim que o meu samba
Acabou antes da madrugada voltei
À casa sozinha vazia sozinho sou que
Era malandro bamba arrependi-me
Fiquei com remorso se era para
Ficar assim melhor não fazer mas o
Tolo não aprende a viver pelo
Contrário o tolo não ensina nem a
Morrer todo mundo o olha o vê como
O bobo da corte apaixonado a beber nas
Esquinas não gostou nunca de mim por que
Quis por que não quis enfim foi assim o fim

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