segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Alameda das Princesas, 756, 107; BH, 0201002012; Publicado: BH, 0190102015.

Trago o coração cheio de lamentações
São os meus fracassos o que poderia
Ter sido não fui tenho os ressentimentos
Comigo mágoas remorsos feridos as
Derrotas as guardo bem guardadas
Não posso livrar-me delas tenho nas
Minhas reservas mentais as frustrações
Quanto mais perto chego do tempo mais
Deprimido fico o tempo para longe vai
Não chego nem perto do meu tempo meus
Tempos estacionaram-se em cima de mim
A criarem limo em minhas costas ferrugem
Na minha ossada bolor nas minhas
Carnes meu coração não bate com
Esperança como bate o coração dum
Poeta meu peito vazio minhas mãos vazias
Meus pés sem chão meu chão é
Pantanoso brejo charque as minhas
Facetas estão em pedras brutas em
Nenhum cristal nobre foi lapidado o meu
Rosto rude é duro o meu semblante
Não tenho alegria radiante de todo trovador
Tenho sim é o dom circunspecto do ser
Que é cheio de dor não acordo do
Pesadelo em que entrei nem quando
Estou acordado toda noite tenho medo
De dormir não sonho não tive o direito
De sonhar o que passa por mim é
Transformado em reclamações vãs
Argumentações de quem não tem
Argumento ou a atitude que a vida exige

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