domingo, 4 de janeiro de 2015

Alameda das Princesas, 756, 86; BH, 0240902012; Publicado: BH, 040102015.

Hoje está um dia difícil delinquentemente
Surrealista roubou-me todo o tempo
Jogou fora as horas com seus minutos
Segundos o sol deu o ar da graça porém
Mais tarde legou-me uma tarde insossa
A vontade aliou-se ao ânimo ambos
Abandonaram meu espírito a potência correu
Atrás a deixar minh'alma lerda sem
Força para sustentar uma caneta com os
Cotovelos afundados na folha de papel
Esperava a volta dalguma coisa não
Sabia bem o que mas esperava o que
Não veio não veio a chuva nem o
Vento nem o tempo não veio aquela
Tarde clássica com ares de obra-prima
Com moldura de obra de arte não
Veio à memória a lembrança na hora
Certa não veio a recordação só o
Esquecimento reinou procurei a saudade
Do hoje de antigamente peremptoriamente
Descobri que era um hoje mais hoje
Do que o hoje de hoje corri o olho na folha
O ferrolho na porta a taramela no
Portão saí de dentro do meu coração
Meu fígado doía as mãos tremiam
Pediam um pouco de álcool em nome
Da estabilidade o bar mais perto ficava
Doutro lado da cidade tinha que
Passar por dentro do cemitério no caminho
Deparei com inúmeras igrejas onde eram
Cinemas churrascarias bares que agora
Viraram cinemas churrascarias bares
Shoppings templos de consumo religioso
Encontrei uma birosca numa encruzilhada
Pedi uma pinga bebi dum gole só
Sosseguei o espírito despertei o moleque

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