Engendrei uma penumbra engravidou
Nasceu minha sombra amarrada a mim
Filha irmã não larga dos tendões dos
Meus calcanhares enquanto diminuto
Anão agiganta-se à minha frente hora
Titânica hora vulcânica montanhosa
Rochosa sempre a relegar-me à minha
Insignificância se há algo que sabe nos
Diminuir nos desprezar é nossa sombra
Onipresente penso que pelo menos a
Minha seja assim independente com
Vida própria ousada audaciosa entra
Em qualquer beco viela sem tremer
Enquanto tremo nos tamancos não
Ensina-me nada não me passa seus
Segredos nem me segreda seus
Mistérios se soubesse não teria
Parido ser tão rebelde que só me
Causa transtornos apaga-me
Completamente silhueta ao se
Engrandecer sempre mais do que
Sou simulacro que sempre perco a
Disputa travada pela sobrevivência
Arrogante nada humilde soberba
Fingida dissimulada pior do que
Capitu sou escravo desta sombra
Sou pa, sou mãe sou irmão gêmeo
Não me registra nenhuma consideração
O jeito é a liberdade cortar a força de
Gravidade que nos une deixá-la
Morrer órfã a partir daí será um alívio
Ao não vê-la mais refletida no muro a fazer
Caretas a zombar-me inconvenientemente
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