Quem pode enaltece o que tem
Quem não pode enaltece o que não
Tem se não tenho o que quem tem
Tem enalteço o que tenho é o
Que talvez o que quem tem tem
Não tenho o universo o infinito
A eternidade a posteridade o além
O que entristece-me em quem tem
É que tudo que tem terá que deixar
Aqui o que alegra-me em mim é
Que nada deixarei aqui irei ao
Encontro de tudo que tenho a
Imensidão o firmamento a áurea
Sideral constelações aglomerados
Galáxias sóis se por não ter nada
Aqui não deixa-me triste canto do
Mesmo jeito danço em redemoinho
Com os ventos brinco de esconder
Como os raios grito com os trovões
Mantenho relações incestuosas com
A chuva dispo-me para a natureza
Da mesma forma que São Francisco
Despiu-se mantenho dialética com
Os pássaros os cachorros os gatos
Troco zumbido com os besouros
Confirmações com os calangos
Lagartixas taruíras confabulo com
Os lagartos as minhocas as lesmas
Ouço caramujos os casulos os
Insetos em suas fases enalteço
Essas coisas que não tenho penso
Que o bem precioso talvez seja o
Não ter sim o ser engrandeço-me
Nessas coisas que não sou nessas
Coisas que não tenho
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