Penso que o que deveríamos entender é
Que a cada dia que passa caminhamos
Mais ao lado da morte estamos mais ao
Lado dela a cada segundo a morte se
Aproxima mais dos nossos calcanhares
Quanto mais pulamos na tentativa de
Livrar-nos como uma sombra a morte
Está sempre a arfar nas nossas nucas
Passou da hora de despirmos das nossas
Vaidades despirmos das nossas
Intolerâncias passou da hora de
Rasgarmos as nossas vestes nos
Cobrirmos com cinzas nos vestirmos
De estopas panos de chão compensa
Morrermos em vão? com a mesma
Ignorância ou estupidez que adquirimos
No decorrer da vida? compensa teimarmos
Na mediocridade? não apresentarmos
Nenhuma perplexidade diante da nossa
Pequenez? vamos crescer para a morte
Ter bastante trabalho na hora de nos
Levar vamos ter a consciência imensa
Infinita lembrança para que a morte
Fique bastante cansada ao nos carregar
Se formos fluidos flatos seremos uma
Heresia para a morte num sopro
Nos levará então transformemo-nos
Em montanhas rochosas em desfiladeiros
De pedreiras para que pense duas
Vezes antes de mexer conosco façamos
De nossos pensamentos firmamentos
De nossas obras infinitos quando a
Morte der o bote o grito quem se assustará
Será a própria sigamos sem orgulho vaidade
Desamor sigamos sem soberba ambições
Com a morte debaixo dos nossos tacões
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