Meu Deus nunca escreverei uma poesia um
Poema uma ode à alegria quando passo
No tempo a mão adormecida pesada vestida
De luva de boxe cismo que devo segurar uma
Caneta na face obscura dalgum papel fico
Ali corcunda corcovado não pinga uma
Letra no papel parece que quando as palavras
Vêm da eternidade levam mais tempo a
Chegar à terra do que a luz do sol sem antena
Externa parabólica ou do tipo para naves
Espaciais embarcações satélites não percebo
As mensagens universais o papel continua
Pardo nestas mãos entorpecidas nunca
Será um papel iluminado forço faço força
Careta ranjo os dentes como se estivesse
Numa necessidade fisiológica mas é
Justamente aí que nada acontece mesmo
Finjo pensar para impressionar os que
Observam-me em silêncio para parecer
Sábio ouço o tropel da poesia no vácuo o
Galope dos poemas nas órbitas siderais mas
Sem antena espacial sem radar sonar nada
Consigo captar viro a página da história
Relembro as eras inglórias vou ao lodaçal
Dos pensamentos perdidos desisto da
Intuição não valeu a intenção fechou-me
A porta da percepção no desespero
Peguei uma machado cortei minhas mãos
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