Escreves sabes escrever nós aqui leigos
Temos que tirar o chapéu escreves não
És nenhum Pero Vaz de Caminha um
Luiz de Camões um Padre Vieira ou um
Gil Vicente porém poente escreves é o que
Interessa não és um Antônio Nobre um
Eça de Queirós mas tendes a verve das
Escrituras tendes os veios das letras das
Palavras sagradas consagradas até os
Segredos das profanas digo para ti o
Que ninguém diz escreves não desistas
Não és um Fernando Pessoa nem o
Fernando nem o Pessoa nenhum dos
Que tiraram do limbo mas escreves
Não és um José Saramago nem José nem
Sara a tua escrita nem és um Mago mas
Escreves tens as inspirações celestiais
Tens os limites universais nada te faltará
Quando quiseres escrever escreves sabes
Escrever apesar de saberes ser arte inútil
A escrita já não traz mais aquela sensação
Não excita como antigamente nem traz
Mais luz aos que vivem cegamente nem a
Nós que somos os amantes da arte já não
Nos reconhece mais finge esquiva-se
Fica cada vez mais erradia mas não
Desanimes vamos em busca da emoção
Com aperfeiçoamento com teima de perfeição
Pois é a única arte onde vale a pena ser
Perfeito é com a pena escreves tens
Consciência é o que importa nesta
Época de tão grande falta de consciência
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