Morcego a noite me atrai passo a
Voar noite adentro madrugada
Afora a pousar de bar em bar
Mariposa as luzes noturnas bem
Encantam-me persigo-as chego
A queimar-me cu de luz voo cego
Embriagado a beijar bocas amarradas
De sapos secos empedrados frango
De macumba paro nas encruzilhadas
A degustar os quitutes do ebó oferecido
Aos santos pretos às santas negras
Bebo da cachaça como da farofa
Ladrão roubo as oferendas das vezes
Nas quais os feitiços não deram certo
Deve ter sido porque roubei as
Encomendas saciado o vento
Pega-me pela popa apruma-me a
Proa e leva-me a navegar argonauta
Leva-me a cantar marinheiro
Náufrago sem porto navegar é preciso
Viver não é preciso navegant
Perdido dessa Nau Catarineta
Junto-me à voz do coro do marinheiro
Desgraçado Nau Catarineta nós
Somos marinheiros desta Nau Catarineta
Enfim a carne cansa desfalecido o
Morcego volta antes do amanhecer
À gruta dependurado no teto
Duma caverna envolto nas mórbidas
Asas mata a realidade que surge
Além dos paredões diferente do
Corvo não ecoa o nunca mais sim o
Raiar da esperança hoje à noite tem mais
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