Não tenhais vaidades em demasia
Num dia o mundo vos endeusa
Noutro vos sataniza não vos deixeis
Iludir ingenuamente num dia sois
Amados noutro odiados não tenhais
Mais do que o necessário para aonde
Ides no fim não levareis nada nada nem
Vós só os vossos ossos teimarão contra
O tempo mas é a sina dos ossos das
Ossadas dos esqueletos dos ossuários
Resistir contra todos vossos ossos
Sustentarão a terra acompanharão o
Planeta na última viagem em direção ao
Perdido respeitai vossos ossos os
Ossos dos vossos semelhantes no
Futuro depois do além os a serem
Encontrados intactos nos solos
Rochosos serão vossos ossos nossos
Ossos todos os ossos devidamente
Identificados pelas estrias onde eram
Os tutanos os encontros das cartilagens
Identificados como são identificados
Ossos das sopas que são feitas de ossos
Marcados as coisas mais vãs são as
Palavras proferidas por bocas néscias
As pedras não gravam as falas dos
Histriões os pensamentos mesquinhos
Não empoeiram as estantes universais
Aos estúpidos ignorantes grosseiros
Até os ossos serão moídos nas rodas dos
Moinhos das moendas do tempo quem
Tem ouvidos ouçais o que dizem as
Montanhas os abismos os desfiladeiros
As mensagens estão ali cifradas nas
Moléculas das matérias das entranhas
Da terra nascem os homens que
Conquistam os cometas dos céus
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