Tempos bons eram os tempos nos quais
Vivia cercado pelos meus avôs avós
Eram tempos gloriosos de tios tias
Que os venerava respeitava adorava
Tempos inocentes eram os meus tempos
De primas primos os tempos das cidades
Do interior se pudesse voltar a conviver
Com as cantigas as rezas das minhas avós
Os causos as histórias dos meus avôs tios
As brincadeiras que não acabavam mais
Pelas ruas em poeiras nos dias de chuva
Pelas lamas enxurradas cachoeiras as árvores
Que devorávamos frutos frutas flores folhas
Galhos tempos bons que a memória não
Apaga a toda hora revivo na lembrança
Uma passagem de quando era criança
Não importava com nada vivia o
Mundo de cabeça para baixo dava
Estrelas plantava bananeiras
Em qualquer confusão para proteger
Tinha sempre um irmão na hora
Das surras quem valiam eram as avós
Quando íamos para as fazendas a pé?
Eram caminhadas mais caminhadas
Em longas estradas em meio às
Brincadeiras banhos de rios roubos
De frutas fugas de cobras bois
Bravos eram barrancos cercas matos
Capins areias pilões moinhos garapas
Água de coco dormir enrolado em pele
De carneiro conversar ao pé da luz
Do candeeiro tempos bons ninguém
Precisava de dinheiro
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