Odeio explicitamente odeio não há
Como negar mas o que move-me é o
Ódio odeio desde da hora em que acordo
Até o momento em que vou dormir só
Odeio não suporto fazer outra coisa
Não odiar é morrer odeio tudo
Que se move na face da Terra
O que não se move odeio aonde
Meus pés pisam o que meu estômago
Acolhe que raiva que me dá
Este ódio é uma vontade de xingar
Brigar matar cometer atos terroristas
Explodir bombas arrancar os olhos
Abrir o ventre personificar o mal
Não suporto o mercado a mídia os
Bancos as igrejas as escolas os hospitais
Os cemitérios não suporto os cursos as
Universidades as repartições públicas as
Polícias os políticos os tribunais as
Assembleias a câmara o senado odeio
Os palácios as mansões a burguesia a
Elite arrumeis mais alguma coisa
Aí que vos direi que odeio tenho raiva
Cólera ira odeio a sociedade odeio
O consumo a moda as artes todas
As artes a saúde a educação a
Cultura quem me dera uma montanha
Um monte um cimo bem elevado
Um lugar mais distante para romper
Estes nervos estas cartilagens quebrar
Estes ossos arrancar estas raízes com o
Contato que me causa este ódio óbvio
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