Antigamente se fechava os olhos enxergava
As coisas hoje abro os olhos não enxergo
Nada a hipocrisia avança a falsidade só
Predomina o pisar é como se fosse o
Pisar em areias movediças afundamos na
Estupidez afogamos na ignorância a
Bizarrice é uma unanimidade como a
Morbidez coletiva infinita na ilusão de
Conseguirmos a liberdade nos prendemos
Às coisas mais superficiais banais
Corriqueiras na esperança de alcançarmos
A felicidade nos vendemos como se
Fossemos carnes num açougue mercadorias
Em super centros ou shoppings não nos
Envergonhamos de sermos tão reles tão
Mesquinhos tão desajustados na ânsia de
Conseguirmos os nossos intuitos do
Pouco que tínhamos de antigamente num
Piscar de olhos perdemos tudo educação
Saúde da mente cultura comportamento
Ética decoro nada ficou agimos como
Delinquentes indiferentes pensamos ser
Diferentes tratamos com diferença os
Nossos semelhantes coisas que nossos
Primatas não fazem não ouvimos mais
As nossas falas só nossos gritos uivos
Imprecações não ouvimos mais as nossas
Vozes normais só as nossas impressões de
Loucos risos de desvarios gargalhadas de
Deboches posamos de importantes de
Sóbrios de ares superiores de santos de
Pau oco de pés de barro num sopro
Invertido viramos uma visão na névoa
Que nunca será autenticada no eterno
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