As montanhas são gigantes adormecidos
Nos úteros dos morros moram os
Ciclopes Polifemos nas placentas
Das cordilheiras nadam os titãs nas
Raízes dos montes sagrados que estão
As seivas que nutrem a terra Pirineus
Ararat Pindo Neblina Andes Sinai
Esses picos que atraem as retinas dos
Nossos olhares esses picos que furam
Nossos cristalinos sugam nossas
Lágrimas são dignos das nossas
Confidências confissões nessas naves
Nas quais voavam os deuses antes de
Criarem raízes aqui fizeram daqui
Moradas são os alicerces dessas
Estruturas que são formados pelas
Ossadas dos nossos antepassados cada
Monte que levantarmos encontraremos a
Sustentá-lo uma ossada santificada em
Nossas costas no futuro que serão as
Pilastras dessas igrejas milenares desses
Templos que os séculos ergueram aos
Deuses quando dormimos mudam
De lugar trocam figurinhas jogam
Bolas de gude viram meninos brincam
De pique de esconder de contar
Historinhas quando os meninos
Despertam em suas camas correm
Rápidos uns voam aos seus antigos
Lugares depois cantam silenciosos
Regem orquestras sinfônicas fantasmas
Orquestras filarmônicas sobrenaturais
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